Não é meu hábito revelar a fonte que
originou a inspiração, mas distante de meu país e diante da montanha coberta
por densa floresta a se mover como se algo, além do sopro do vento, lhe emprestasse
um estranho movimento de convulsão refletido no imenso lago azul onde imperava
o silêncio, não resisti:
MITO
Tenho a certeza que ele
habita esta floresta encantada
Sinto seus passos
fortes pela mata agitada
Nunca ninguém viu o
momento em que ele saiu
Se saiu, o gigante eremita?
De fato, ninguém
acredita!
Nem que aquele é o seu
lar
Ninguém ousa afirmar
Mas quando a floresta
balança...
Quando sussurra o vento...
Quando os pássaros
revoam...
Eu paro e atenta
aguardo a saída do velho bardo
Caminhando sonolento...
Zelia da Costa/Viena/2000.
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