quarta-feira, 21 de outubro de 2015

DEU NO ALERTA TOTAL

             DEU NO ALERTA TOTAL
A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu - e o ministro Teori Zavascki deferiu - o desmembramento do depoimento do lobista Fernando Soares, o "Fernando Baiano", sob acordo de delação premiada, mantendo no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) a parte que trata de políticos e autoridades com foro privilegiado, e enviando todo o restante ao juiz federal Sérgio Moro, que coordena a Operação Lava Jato.
Como ex-presidente, Lula não tem direito a foro privilegiado. Apenas autoridades no exercício do cargo têm essa prerrogativa. No Brasil, são 22 mil ao todo. Com medo de ser alcançado pela força-tarefa da Lava Jato, Lula cogitou pedir sua nomeação para o ministério do governo Dilma, para, com isso,ganhar direito ao foro privilegiado. Foro por prerrogativa de função é definido pelo art. 102, inciso I, alínea “c”, da Constituição Federal.
Entre os casos remetidos a Sérgio Moro pela PGR estão empresários como o fazendeiro José Carlos Bumlai e políticos sem privilégio de foro, como o ex-presidente Lula. Na prática, o chefe da PGR, Rodrigo Janot, transferiu para Moro a decisão de abrir ou não inquérito para apurar o envolvimento do ex-presidente Lula na roubalheira da Petrobras.
A força-tarefa da Operação Lava Jato considera provado que o esquema bilionário de corrupção na estatal foi implantado durante o governo Lula, em 2005, por meio de figuras-chave como o então ministro José Dirceu (Casa Civil) e de prepostos na petroleira como os diretores, hoje presos, que representavam os interesses de partidos como PT, PMDB e PP.
O ex-presidente Lula foi citado em diversas ocasiões, no curso das investigações da Lava Jato, até que Fernando Baiano revelou que chegou a pagar R$ 3 milhões de "comissão" cobrada por José Carlos Bumlai, amigo de Lula, por possibilitar um negócio do interesse lobista. Segundo o relato de Baiano, Bumlai contou que r$ 2 milhões seriam destinados a uma nora do ex-presidente. Há também relatos sobre dinheiro sujo entregue a filhos de Lula.
       Jorge Serrão
    


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DIAMANTE




              DIAMANTE

    Se entre as formas desconexas

    Houver a similaridade 
    Avessa à singularidade do ser
    A pretensa unidade perderá
    a imperial sobriedade
    na busca insana de ser

terça-feira, 13 de outubro de 2015

IDENTIDADE


         IDENTIDADE

   Só?
   Não tão só!
   Trazia no rosto
   entreaberto sorriso
   Registro concreto
   de um tempo abstrato
   Espaço  – memória
   Passado -  esperança
   Passado – criança
   Instante de glória
   De quem acredita
   Na própria história

        Zelia da Costa/SP

domingo, 4 de outubro de 2015

VAMOS AO TEATRO? EU CONVIDO!

               
             VAMOS AO TEATRO? EU CONVIDO!

Nada como o Teatro!
O palco ali, diante de nós. Sente-se, por favor. Eu prefiro me acomodar um pouco distante porque me permite visão ampla da cena.
Toda vez que percebo a promiscuidade das ações, venho para cá.
Não abro logo as cortinas, não. Respiro fundo em busca da serenidade, pois, sei da concentração que será exigida para avaliar ações, gestos, movimentos, textos, intenções, cenários, figurinos, interpretações, etc., etc., etc.
E ainda a marcante impostação das vozes ora agressivas, ora sinuosas, sibilantes como o caráter de certas personagens.
Embora a expressão corporal traduza muito do inconsciente de cada ator, sempre o texto guarda interrogações contidas nas reticências. Ah! As reticências! Não há nada mais traiçoeiro que as reticências. Elas não se definem no tempo e não esclarecem.  No que está para acontecer, as reticências vão do crime ao castigo.
       Quero convidar você para este espetáculo. Há um grande número de atores. A maioria para servir de “escadas”, galgadas cruelmente, pelos arrogantes intérpretes principais. ("Escadas" linguagem usada como referência pejorativa aos atores coadjuvantes que emprestam seus talentos para o brilho dos atores nos papéis principais}. Neste teatro, de promíscuo  ambiente eles fazem parte de alguns atos densos. Os infelizes se iludem crendo merecer importância, mas não. A subserviência, o despreparo e a falta evidenciada de talento esclarecido e o conluio não permitirão que alcem voos singulares.
         Bem. Vamos ao que nos interessa. Eu disse “nos interessa”. Espero que a curiosidade mantenha você aqui. Venha. Sente-se ao meu lado. Somos só nós, nesta imensa plateia.
         Vai começar!
         Psiu! Silêncio! 
         Não aplauda! Você ainda não sabe o que o elenco merece!
         Olha!Palco aberto!
         Está reconhecendo? 
         É Brasília!!!!
                   (continua)