VAI DAR ZEBRA NA CABEÇA!
( E DEU!!!!! )
( E DEU!!!!! )
Sempre atraiu minha atenção, nos filmes que
retratam as organizações mafiosas, a engenharia do crime. Há o Poderoso
Chefão e, sob a autoridade de seu comando, outros chefes e gerentes. Há um contador.
Há um advogado e a turma responsável pelo serviço mais sujo, os assassinos.
A Máfia
tem sempre sob sua tutela, membros da autoridade legal – juízes, procuradores, promotores,
políticos, etc.
O Chefão exerce poder absoluto até que é
traído por alguém que ambiciona seu lugar. O contador é quem tem a
chave do cofre. Tem o registro e o controle de todas as imundas
operações financeiras. Ele também coordena a distribuição da verba que compra
o
silêncio, a honra, as consciências, enfim a conivência dos podres
poderes.
O advogado é a eminência parda
do grupo. Tem missão incomum. Não é um profissional
qualquer. É inescrupuloso. Cabe a ele conduzir os criminosos nos desvios e
nos
vãos por onde a Lei não caminha. Pode-se afirmar
que da sua habilidade nos meandros legais, da competência de suas abordagens,
de sua capacidade de manipulação da realidade depende a boa vida de cada um e a
longevidade e sucesso da quadrilha.
Já
a
turma da pesada... Ela se encarrega de punir quem ousa ameaçar a
integridade deste poder paralelo. Também seus
componentes, altamente qualificados para esta especial função, são selecionados
criteriosamente pelo sucesso do extenso currículo, valorizado pela fidelidade
canina. Não podem deixar rastro.
Por que estou falando disso com você? Por
causa desta CPMI DO SUBMUNDO que está se configurando difusa
e se vai deflagrar no congresso nacional (com letra minúscula mesmo).
Resolvi criar um jogo. Um “quebra-cabeças” altamente desafiador para
quem não é da intimidade da corrupção. Coloquei sobre a mesa,
peças importantes e já descritas para eu dar nomes aos titulares. Não entendeu?
Explico. Eu comecei falando dos filmes, não foi? Então. Estou falando do mesmo
tema. A CPMI DO SUBMUNDO terá as mesmas personagens, os mesmos
corruptos insertos no cinema - chefes, gerentes, contador, advogado,
etc. O jogo consiste na identificação de cada elemento citado. Tipo – dar nome
aos bois, reconhecendo a importância de cada atuação na sequência dos
acontecimentos. Desde agora quero esclarecer que é importante escancarar os
fatos. Apareceu? A gente registra no papelzinho. Depois vamos buscar onde ele
se encaixa. De início, esbarrei numa
dúvida crucial:
- Quem será o Poderoso Chefão?
Brasileiro gosta de inovar! Talvez haja
mais de um. Dois? O bando é grande. Podem ter se associado na chefia, por
momento, em defesa do bem comum (deles). Todos têm muito a perder: novas
eleições, fortunas, carreiras profissionais, títulos, interesses espúrios...
Mas assim, inertes sobre a mesa, reduzidos a papelotes, subjugados à força das
evidências, fragilizados pelo nosso olhar crítico e incrédulo, podemos “pegar”
os facínoras - um por um - e usando da mesma covardia e crueza, tirar-lhes as
máscaras, deixá-los nus, destruir as tais reputações inabaláveis. É a nossa
vez! É a nossa hora! Fascinante!
-
Que tal? Aceita jogar?
É um convite mórbido, mas vai dar bilheteria.
- Quer apostar?