quarta-feira, 2 de abril de 2014

ENQUANTO



                         
                 ENQUANTO

Enquanto houver espaços vãos, nos sentimentos

Como buracos esparsos em tecido gasto

Enquanto não se souber conter os impulsos

Que fustigam os amargos tormentos

Enquanto a vida sem sentido vagar a esmo

Envolta na solidão dos desejos

Enquanto passos vagarem cambaleantes

No ignaro rumo de um destino insano

Enquanto o enquanto durar eternidade

E um tempo indizível gerar obscura viagem

Haverá o negrume da noite sem lua

O silêncio de um mundo sem cor

E neste vazio...

 O abrigo de quem se perdeu do amor
                                     Zelia da Costa/NM/RO
  zeliadacostamt@gmail.com

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