FANTÁSTICO!
EXTRAORDINÁRIO
OU EXTRA ORDINÁRIO?
O vocábulo "fantástico"sempre foi usado para descrever a extensão de algo surpreendente, via de regra, um acontecimento feliz, carregado de emoção positiva. Ocorre, que no momento, eu o tomo para dimensionar o que estamos "ora vivendo" - um catastrófico episódio - que não permite qualquer solução que nos torne alheios, distantes, insensíveis.
Tateando pela História na busca de eventos ocorridos no seu transcurso que possam se assemelhar a este episódio trágico, percebi que, de tempos em tempos, o ser humano é atingido por calamidades similares a esta, que ora nos aflige.
Lá atrás, bem lá atrás, os EGÍPCIOS passaram por experiências desastrosas resultantes, segundo os arqueólogos, da forma equivocada e irresponsável, empregada no desvio ou bloqueios de cursos de rios, no uso indevido da água para incremento da agricultura, construções de pirâmides e habitações e abertura de inúmeros canais que modificaram o sistema natural, provocando extensos períodos de secas que resultaram na evolução de ataques maciços de insetos que difundiram as pragas e fizeram eclodir as PESTES!
Ah! As PESTES dizimaram boa parte da população egípcia e deixaram irrefutáveis registros nas cavernas do deserto e nas escavações, que ora pesquisadas, trouxeram à luz, provas pesarosas e irrefutáveis de sua evidência.
Os GREGOS, ocupados com invasões, ataques, combates e ocupações também viveram o desespero das PESTES alimentadas pelos vínculos criados com populações exógenas, submetidas à força de suas armas, mas que infestaram os guerreiros dominadores.No seu retorno à Grécia, eles infestaram seu próprio povo com PESTES, males de desconhecidas origens.
Os ROMANOS ávidos por glória e riquezas e aventuras e expansão territorial dos seus domínios, também viveram o inferno das mazelas difundidas pelas suas "falanges," que traziam das terras conquistadas, as PESTES que dizimaram na época, boa parte da população, abatida pelas febres e outros estranhos sintomas fatais.
As Américas não ficaram isentas quando os espanhóis invadiram e submeteram as CIVILIZAÇÕES INCA e MAIA. Os "gentios" escravizados pelas forças dominantes foram também quase dizimados, não só pelo uso da violência dos conquistadores, gerada pela desmedida ganância, combustível da incontrolável ambição por riquezas, mas também pelas Febres e Feridas e Vícios que os "civilizados" europeus trouxeram na "bagagem", PESTES!
Em contrapartida, os "navegantes"foram veículos para as terras do "Velho Mundo"para doenças nativas oriundas dos povos submetidos à sua sanha inglória que os infestaram com males desconhecidos.
Bem, onde quero chegar?
Nada mudou!
Agora, numa dimensão global, pagamos o preço do compromisso de manutenção da disputa do Poder Econômico entre Nações, tomados pela mesma ganância e suprema vaidade irresponsáveis de seus gestores. Vale tudo, como sempre! Hodiernamente, os "guerreiros" se travestem de parceiros, protetores, sócios e até amigos. Na verdade, apenas buscam manter a supremacia que - historicamente - exerceram, sem preocupação com as mazelas que advém do exercício irresponsável do Poder. A busca inconteste por ascensão tem dimensão "Universal" e não admite acordos que interfiram na ambição dos potentados que usam da política e dos poderes bélico e econômico para disputarem no mesmo plano, o domínio.
Enquanto isso, como os egípcios, na ânsia irresistível de explorar riquezas, abrimos de forma irresponsável canais, aterramos pântanos, obstruímos rios, inutilizamos nascentes, desertificamos florestas. Para"matar a sede" de petróleo, perfuramos poços nos continentes e oceanos, sem nos preocuparmos com os transtornos que advirão - prejuízos incalculáveis para a fauna marinha e flora submersas. Um processo nocivo em expansão nas profundezas.Tornamos as correntes oceânicas depósitos de lixo e receptáculo de densos e nocivos esgotos.
Como "senhores" do ambiente natural, mudamos cursos e assoreamos rios, soterramos nascentes, fazemos arder florestas, dizimamos a fauna, perfuramos poços, secamos pântanos, envenenamos as águas à cata de minério e transtornamos a Natureza.
Como experimento, países detonam armas nucleares. Tem ideia da nocividade do material tóxico lançado na atmosfera, sem que haja qualquer reação contrária a esse crime? No entanto, esse crime nefasto é cometido pelas grandes potências que ousam apontar para nós a autoria da catástrofe que gerenciam com rara competência!
Os Oceanos envenenados condenam à extinção de forma irrecuperável fauna e flora. Os detritos navegam sem destino mergulham fazendo do solo submerso, uma estrutura perversa - maldição da vida marinha - que envenenada, nos devolverá o impacto... com igual desprezo pela Saúde Humana.
Os Rios cerceados são subjugados por usinas necessárias, úteis, mas impostas pela urgência egoísta de colossais estruturas que não valorizam a sobrevivência do em torno e tratam a tudo e todos com a superioridade das injustas potestades.
A Atmosfera poluída aquece e as geleiras evoluem para o degelo. Os Oceanos hão de transbordar. Vírus, bactérias, fungos congelados, armazenados neste universo frígido há milênios, desconhecidos da hodierna Ciência Humana despertarão do seu sono quase eterno e flutuarão por mares, livres e misteriosamente atuantes.
Ocorre, que o Planeta Terra é um "Ser Vivo".
A Terra respira, pulsa, se transtorna, transforma e reage. Há formas intestinas de expelir o que lhe incomoda as vísceras.
Creio que ela, historicamente, repele o que lhe causa repulsa!
Pragas, pestes... São reações mortais e perversamente inseridas no destino humano!
Estamos vivendo um momento que nos exige mudança de postura!
O"corona virus" é um alerta:
- Ou mudamos nossas relações com este Planeta!
- Ou seremos tratados como "inimigos" a serem extintos!
A TERRA precisa CONFIAR em nós...
Zelia da Costa/Nova Lima/18/09/2020/22:19