quarta-feira, 30 de abril de 2014

IN MEMORIA






                  In Memoria

A chuva não calou a grande mágoa
da dor que se espalhou pela ravina.
A lembrança de quem foi menina
jorrava pelos olhos que a amaram.
Quisera... que o tempo devolvesse
olhares e sorrisos, por momento,
porque minoraria o sofrimento
que ameaça tornar-se uma ferida.
Quisera... que a saudade afastasse
a solidão que chega sorrateira
e, ocupa o lugar que a vida inteira
foi do puro amor, sem medida.
Restou apenas uma história:
simples, rotineira, sem glória.
Apenas outra humana história
a ser lembrada, o resto da vida.
   Zelia da Costa/Rondônia/2006.

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