terça-feira, 17 de janeiro de 2023

           UCRÂNIA! ADEUS!

Um dia comum... Igual aos demais...

Anúncio e  prenúncio de ímpar beleza!

Um brilho translúcido, a distribuir Paz...

Paz - a  luz da riqueza!

Um céu azul de ímpar nobreza

Um povo feliz,  da fartura -  o  exaltar

Ucrânia! Viva! 

Viva Ucrânia!

Em meio às cidades, há músicas no ar

E gente risonha e alegre a cantar:

Viva a Ucrânia! 

Verdade a  raiar !


Mas, súbito, se fez negra, a orgia!

E as cores felizes deixaram de vibrar

Tempo em que homens perversos,                a Ucrânia invadiram...

Na ânsia louca de o Povo dominar!

E suas riquezas... 

Capturar!


Agora, a crueza infame de uma guerra 

Destrói a grandeza... Onde reinava a Paz!

Buscando vencer e  para sempre impor

Domínio sobre o povo até o esgotar

E ainda, humilhando .. o escravizar!


Depois de um dia mau, segue extrema, a covardia 

Assim, populações  tornadas frágeis alegorias

Entre disputas e ambições, ritos vadios

Na ânsia louca do domínio frio ...


Homens ímpios , penadas almas

Buscam no horror, esmagar vitórias

Sua vocação maldita, seu destino... matar!

Arrasam terras, amontoam tragédias

Inconscientes, malignos, injentes 

No domínio da glória insana

 Determinados a  tudo arrasar! 

Crendo cumprir  destino maldito e seu poder eternizar!..

Deixam em seus rastros, desvalida gente:

Cidades em  destroços e povos dos sonhos, descrentes

Prédios desertos...

Tudo em decomposição:

Escolas - teatros -  museus - templos...

Mortos?  

Um lixo comum pelo chão! ..

Putrefatos, também  os ideais se arrastam

Pelos sombrios desvãos onde se matam

E sons ensurdecedores viajam pelo ar 

Cumprindo um destino vil a procrastinar:

-É hora de matar!

A Arte, cultivada herança, da antiga glória...

 Feneceu!

A Música que os inebriava... 

Calou !

Entre escombros, o Silêncio avisa que morreu...

E um odor fétido invade o  espaço que restou!

Agora, perene forma de cansaço os domina...

 Explosões intermitentes gritam estrangeira vitória!

Enquanto o povo massacrado, chora...

Repelindo a maldita história...

Sem piedade, o inimigo  forja o triste e novo destino

Cravando mágoa e terror na longa e rica existência...

Mal calando as vozes e surdos à clemência

Esgota-se na  dor, a alma  da nobre gente,

Exibida entre destroços  nos soluços infensos

De um povo aterrorizado, perdido do Passado! 

Sem rumo, no Presente, enlouquecida a gente

Em meio a densas fumaças que evolam no ar...

Assiste a maldade querer se perpetuar!

           Nas penas do Inferno... 

                        Agora, teme acreditar!

                 18/01/2023