terça-feira, 24 de janeiro de 2012

LINHA DE TEMPO


               LINHA DE TEMPO

A realidade, não raras vezes, supera a ficção! 
Circunstâncias nos envolvem e modelam nossa personalidade tornando-nos aptos a compreender a alegria, a dor e suas repercussões. Também podem nos tornar mais generosos ou revoltados e agressivos. Não sei o que aciona os nocivos comportamentos, mas sei que somos movidos por esses fios que a vida manipula a nossa revelia. Quer um exemplo? Se minha mãe não tivesse morrido quando eu era criança... eu não entenderia tão cedo de saudade.
Cada ocorrência em nossas vidas nos organiza  e nos municia para atender a finalidades que nós, muitas vezes, realizamos  sem a compreensão exata do nosso envolvimento. Assim, procuro registrar sempre que possível os fatos, porque embora a princípio alguns nos pareçam irrelevantes, certamente terão alguma repercussão no futuro. O acaso não existe.
Não é fácil se detectar algo cuja importância pode mudar nossa trajetória porque, no momento, não alcançamos a dimensão do evento, vinculado ou não a nossa história de vida. Ocorre que não o registramos por estarmos inseridos na velocidade de um tempo que nos leva de roldão ou por termos outras intenções e rumos a perseguir. Depois, não tendo com o que relacionar o fato de imediato, nos enredamos na trama e perdemos a oportunidade de entender o “roteiro” da nossa existência. É como se interpretássemos um personagem de forma superficial, sem entender a relevância dos eventos que vão construir a história.
Veja bem, eu não quero lhe ensinar a viver a sua vida. Longe disso. Falo de mim, da minha experiência que não é modelar, mas pode ajudar você a não cometer os mesmos erros. Observe, porém, o quanto somos vulneráveis à exposição dos eventos quotidianos e é isso que procuro registrar para entender certas repercussões que assumem importância imprevista. Gostaria de saber é se você observou que muitos objetivos não se concretizariam, ou melhor, só se definiram porque houve uma interferência qualquer num dado momento, o que mudou sua diretriz. É uma relação de causa e efeito. A “causa” pode bloquear ou incentivar uma decisão. Só que, no momento em que acontece, você não se dá conta da real importância. Às vezes,“leva tempo”, muito tempo, anos e, de repente... zás! Aquilo “bate de frente”, “salta aos olhos” e aí, tudo fica claro e a gente se sente “meio burro” porque estava ali “na sua cara”, o tempo todo, como um signo a fazer evoluir a sua história e você perdeu a oportunidade de viver com mais intensidade um momento mágico. Pode estar acontecendo agora e você, talvez, o perca ao observar a “moldura” ao invés de se encantar com a “tela”.
            Quer ver?
            Faça uma “linha de tempo”.
            Inicie marcando a data gloriosa: o seu nascimento!  Gostou?
Agora, sinalize todos os eventos que de alguma forma deixaram fortes lembranças desde a mais tenra idade: um brinquedo, um tombo, a chegada do seu cachorro de estimação, seu gatinho, sua primeira escola, professores, viagens, brigas, festas, perdas, ganhos, doenças, o primeiro  cigarro, bebida, amigos, relações amorosas, emprego, chefe, acidente, decepções, alegrias, fome, o mar, um rio, um carro,um luar,  uma estrada, etc.
Estou apenas sugerindo possibilidades, mas você pode abortar e registrar outras mais adequadas. Verá que as marcas cravadas na sua linha, por mais corriqueiras, muitas vezes deram origem a um novo percurso.
 Aqui, o importante é assinalar os fatos para sentir os efeitos no seu rumo.
           Você verá que a sua linha de tempo pode esclarecer e até indicar possíveis  e favoráveis atalhos porque expõe sua conduta à própria crítica.
           Este é o “seu” caminho percorrido.
           Vale  a pena revivê-lo, observando até que ponto pode garantir que conduziu, conscientemente, as suas próprias decisões ou quantas vezes, os fatos impeliram mudanças de percurso.
           Este é o seu trajeto:  original e único como você!
           Esta é, até aqui - a Vida - na sua Linha de Tempo!
                                              Zelia da Costa/NM/MT/23/01/2012/23:51
  


            

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

2 012


                                            2012
            Ah! Então, esta era a previsão aterrorizante que os Maias registraram e que atravessou os tempos? Será este o horror que os fez encerrar seu inacreditável Calendário em 2 012, o ano fatídico!
             Mesmo que os planetas se alinhem ou que os asteróides nos ameacem, nada há que se compare à tragédia que se avizinha estruturada, com rara competência, pela alienação humana.
              Parece que uma energia maligna está sendo disseminada e por mais que, aparentemente, reações positivas tenham trazido esperança de novos rumos, elas são, de imediato, sufocadas por ambições de poder iguais ou piores que aquelas que geraram miséria e desalento.
             Há no horizonte, cada vez mais próximo, o desejo espúrio de incentivar um sentimento de beligerância necessário à “desova” das armas que as empresas necessitam vender.
           Também é terror fazer com que as pessoas alimentem o medo por um inimigo estranho ou por arma desconhecida, fragilizando-as para melhor manipular suas vidas!
             Na batalha de ricos contra ricos, os pobres e os insanos são massa de manobra.
              O excesso de população exige solução imediata. Recursos necessários à sobrevivência escasseiam e se a Natureza não dá conta de reduzir este contingente de pessoas com suas catástrofes... as guerras são bastante eficientes neste sentido.
             Os “senhores da guerra” existem desde os primórdios, mas graças à ciência e à tecnologia nunca tiveram a seu alcance como agora -  o destino final:  a aniquilação de um Planeta!
                               Sexta-Feira,13 de janeiro de 2012.