domingo, 21 de março de 2021

                             LIMITES

Não há  o que temer... se a culpa não tiver lugar

Não há o que perder.... se nunca houve espaço pra guardar

Não há o que vencer... se não deseja mais  conquistar

Não há o que conter... por não sentir vontade de chorar 

Não há o que ser... se a maior preocupação foi ter

Não há o que lembrar...  se nada marcou o encontrar 

Não há porque mentir...  se a verdade deixou de existir

Não há o que aprender...  se a curiosidade abandonou o ser 

Não há por que pensar...  se a razão perdeu o lugar!

Zelia da Costa/NL /MG/21/03/2021/Domingo/19:30

quarta-feira, 17 de março de 2021

                                           SINAL VERMELHO

        Diante do espectro que mobiliza sentimentos há muito cerceados, há que se considerar o empenho em provocar reações, absolutamente perversas, naqueles capazes de assimilar e condicionar efeitos que os tornarão cúmplices por incapacidade de discernimento.

         É espantoso como aflora! 

        Mentes doentias revelam uma espécie de sentido que se satisfaz, provocando naqueles fragilizados pela dor da perda, mágoas ou vítimas de temor instalado, a solidariedade de um exercício cruel de domínio submetido ao espanto.

       Estas criaturas tem intimidade com a solidão e recorrem a este vazio para municiar sua vingança.

       É algo tão assustador como instigante!

       Acabo de ver no "twitter", uma publicação que seria inacreditável, se não tivesse seu registro imposto na tela do computador. Alguém, expondo sua imagem transfigurada por maquiagem sugestiva, incita crianças, numa linguagem colorida e suspeita, mas exposta com simpatia e doçura, a "roubarem e darem fim a computadores e telefones de seus pais de forma definitiva". 

         Seria assustador, se vivêssemos num contexto natural... Ocorre que no momento, considero este, um crime sem precedentes. O tal homem, uma figura esdrúxula e doentia, se dirige às crianças com a naturalidade dos dementes, num projeto de vingança mórbida!

        Este comportamento, insufla de forma cruel, um público infantil à mercê de um veículo de informação liberado, mas neste caso, extremamente nocivo. Urge, que pais e responsáveis estejam atentos para a nocividade de tal empenho na deformação do caráter de crianças e adolescentes, num momento propício ao cenário desequilibrado em que todos estamos inseridos. 

         Quanto ao cidadão, ator deste monólogo sarcástico neste palco de horror, apenas deixa patente seu desequilíbrio emocional que se evidencia de forma dolorosa neste projeto que deve ter ter sido radicado na solidão de uma infância infeliz. 

          Que Deus tenha piedade dele e lhe dê a graça da generosidade perdida!

         Quanto aos pais estejam atentos! Este coitado é apenas um projeto resultante da deformação de caráter, forjado graças ao descaso da família e ocorre por elegermos prioridades alheias às necessidades de amor e atenção reivindicadas pela infância.

          Parem! Olhem! Vejam! 

     Seus filhos querem, merecem e necessitam como nunca de ATENÇÃO!!!

                      


segunda-feira, 15 de março de 2021

QUEM TUDO QUER

                          QUEM TUDO QUER...

         Não! Não bastam nefastas experiências anteriores! Nem os horrores ocorridos em terras alheias. Não há como calcular o exercício de alienação no tempo e espaço em que os nativos desta Terra, tão privilegiada pelos humores da Criação, se submetem a uma ausência de sentidos, que os tornaram vagas personagens da própria História.

          Não estou falando de inserção política, não. Falo do desvelo, do carinho, do sentimento de nacionalidade que faz um povo, mesmo que tomado por divergências políticas, impedir que este contexto proponha destino inverso ao orgulho nativo!

          O BRASIL é o PARAÍSO!

         Esta constatação não admite contraponto!

         Em verdade, este Paraíso, tal qual o Bíblico não impediu que seres abomináveis o habitassem. 

        Aqui, a História não se fez sagrada e como tal, a inveja, a ambição por riqueza e poder se tornaram forças propulsoras do  Inferno que se arquiteta, graças à avidez de quem se julga eterno.

       A miséria humana não consiste na escassez de recursos e, sim, na determinação de acumular riquezas que nunca serão suas. Não haverá mais tempo de regeneração!

      A Natureza é Divina e tem o poder do Perdão, mas conseguimos levá-la à exaustão. Não acredito que se arrisque a novas tentativas. 

      Nosso tempo acabou! 

quinta-feira, 11 de março de 2021

Queria ter cON12AWZ    Q1    1Q    `1Ę`3 ///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////,,,<<<<<<<<<<<<<<<<<

                                    ANTES QUE SEJA TARDE       

        A Natureza me seduz! 

         Simples assim. 

        Ocorre, que ela não guarda o menor recato. Mostra-se de forma vaidosa, sem pudor, sem se importar com olhares curiosos ou ameaçadores.Ri, daqueles que tentam desvendar segredos. Zomba, dos que julgam impedir suas forças de atuar.Ironiza, a pretensão humana de submeter a períodos de tempos, suas vontades.

         A Natureza é um organismo vivo e independente. Ela não tem princípios que a possam definir.Toda sua extensão e profundidade e forma retratam imenso e descomunal cérebro que se comprime e expande num padrão desconhecido.Respira, impondo ritmo ainda não registrado e sua circulação indefinida, não admite previsão de vias. Planeta Terra - um Aparelho Circulatório... Sem Coração!

        A Ciência, concentrada forma de investigação humana, investe todos os recursos na pretensão do domínio do conhecimento que lhe dará Poder. Sim. Poder é a única motivação humana do Existir. O ser humano cultiva, há muitas eras, o desejo de submeter a Natureza as suas mesquinhas vontades. A Natureza já lhe deu duras lições de fracasso: terremotos, enchentes, secas, erupções,raios, avalanches, tsunamis, fendas, degelo, pestes...Tudo que lhe possa provar a fragilidade do existir.

      Aqui, nesta montanha coberta de verdes de muitos tons, flores de formas bizarras e de perfumes e tonalidades exóticas, folhas de indescritíveis dimensões,brilho e opacidade... Atenta às árvores vestidas de esplendor, ostentando desenhos e volumes impressionantes, sou incapaz de qualquer sentimento de domínio.    Ainda envolta numa orgia de pássaros, insetos, répteis e um universo de vida latente sob meus pés!  É estonteante!                                       Agora,dramaticamente, sou convencida de que a minha existência é inserida neste todo. Neste estado consciente e perturbador,um instante de glória! Esta compreensão responde às múltiplas indagações da Vida.

       A Terra não tem nenhum resquício de sentimento e nenhuma complacência com o interesse humano. De certo, considera que a humana gente, parte integrante de seu organismo seja uma falha na sua organização.Não duvido que considere seu extermínio, mas vaidosa, teima em não reconhecer o erro, porém sua paciência tem limites!

Zelia da Costa/Nova Lima/ 11/03/2021/11:00

     

quinta-feira, 4 de março de 2021

             

TER   OU   NÃO SER

Teimou abrir, vagarosa, a porta...

E uma luz meio morta turvou-lhe a visão

A nuvem de poeira que cobria a casa inteira, ressecou-lhe as mãos

Chegou à escadaria, enquanto o suor forte escorria e passos pesados soavam

O coração comovido como nunca, pulsava!

Agora, um odor amigo, velho conhecido, agridoce exalava...

Como se fosse chá fresco, em descolorida chávena "porcelanizada"!

Onde ouvir o alarido?

Onde o som antigo e doce da flauta que um sopro  entoava?

Onde a viola faceira, comovente e companheira, que a saudade abrigara? 

Por que as vozes que entoavam modinhas delicadas e faceiras... calaram?

Quando os sorrisos exibidos, sutilmente contidos, foram no tempo, apagados?

Por que lágrimas comovidas,tão sentidas,agora secaram?

Que é dos seios atrevidos que, arfantes, tentavam?

Que fim tiveram os  espartilhos?

Que provocavam suspiros e pensamentos inevitáveis...

E os pezinhos bailarinos que temiam assustados...

Outros pares bailando tocarem?

Quando os trajes, de elegante colorido... Desbotaram?

Por que os cabelos soltos ou prisioneiros revoltos... Desencantaram?

Onde a "galanteria"? Quando olhares diziam o que era pra negar!

Quando as almas, que vadias, se "tornavam" Poesia... Calaram?

Onde os toques na pele que arrepiavam e faziam sussurrar...Esgotaram?

Onde a delicadeza esculpida na beleza das sombras, sob o luar?

Onde a melodia exarada,se fizera sonorizada no contexto vocabular?

Que foi feito do eco que perseguia gargalhadas soltas no ar?

Onde toques proibidos, sutilmente permitidos, foram se ocultar...

A lágrima que pingou agora, na amarelecida página...

Borrou dedicatória querida...

Antes que o sono chegasse... 

E sem sutileza, os sonhos vedasse... 

E que a saudade covarde calasse...

Cerrou a Porta da Arte...

Dormiu...

Voltando à vida!

Zelia da Costa/Sapezal/MT/2014.


segunda-feira, 1 de março de 2021

TURBILHÃO

 

                  TURBILHÃO

Coube no extraordinário espaço da memória

Detalhes de tempos longos, períodos de muita história

Percorreu caminhos híbridos, como cascata em cor

Lembranças quase perdidas, histórias de muito amor

Mergulhou  de verdade, as mãos nas densas correntes

E enveredou, sem medo, capítulo do finalmente

Enquanto a memória traduzia luzes e tons

Despediu-se, sereno, de um universo de sons!

Zelia da Costa/01/03/2021/Nova Lima/MG/12:30