AQUI JAZ
Entreabriu-se
a porta
e a
verdade que importa escapou pela fresta
Há
tanto tempo escondida, saiu desnorteada
buscando
a estrada que a palmo conhecia!
Mas a
cidade estava mudada...
Nenhum
choque causara sua inesperada aparição...
Logo
ela que sonhara com o dia que libertada
causaria
comoção!
No
inicio, se viu livre e temeu pela integridade
Depois,
resoluta resolveu partir pra luta,
enfrentar a realidade
Afinal,
não era ela quem se devia ocultar?
Liberta,
ostentaria a coragem da certeza,
já que
a razão gerara a sua nobreza
Portanto,
se empertigou e se pôs a desfilar
bem no meio da avenida pra todos desafiar!
Nem
pode se arrepender deste arroubo infortunado
porque
subjugada foi massacrada e cremada
por
alguém que não queria
que
ela se revelasse um dia!
Os
restos da pobre jazem, hoje indigentes
Se
muitos morreram por acreditar na verdade,
finalmente,
são parceiros
em
algum lugar da Eternidade
A Verdade que desaparece...
Pasmem!
A
memória esquece...
Zelia da Costa/RO/2006.
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