terça-feira, 1 de abril de 2014

AQUI JAZ



  




               AQUI  JAZ 

Entreabriu-se a porta
e a verdade que importa escapou pela fresta
Há tanto tempo escondida, saiu desnorteada
buscando a estrada que a palmo conhecia!
Mas a cidade estava mudada...
Nenhum choque causara sua inesperada aparição...
Logo ela que sonhara com o dia que libertada
causaria comoção!
No inicio, se viu livre e temeu pela integridade
Depois, resoluta resolveu partir pra luta, 
enfrentar a realidade
Afinal, não era ela quem se devia ocultar?
Liberta, ostentaria a coragem da certeza,
já que a razão gerara a sua nobreza
Portanto, se empertigou e se pôs a desfilar
 bem no meio da avenida pra todos desafiar!
Nem pode se arrepender deste arroubo infortunado
porque subjugada foi massacrada e cremada
por alguém que não queria
que ela se revelasse um dia!
Os restos da pobre jazem, hoje indigentes
Se muitos morreram por acreditar na verdade,
finalmente, são parceiros
em algum lugar da Eternidade
A Verdade que desaparece...
Pasmem!
A memória esquece...
         Zelia da Costa/RO/2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário