sábado, 27 de maio de 2017

       
             REALIDADE. ELA EXISTE?

     O que é o Real?
     A realidade não é uma cena isolada.
     A realidade transcende o tempo.
     A realidade não se reduz ‘a imagem virtual.
     A realidade é a projeção individual da experiência.
     Ela se nutre das certezas contidas em cada indivíduo.
     Das dúvidas instaladas, das imagens registradas,
     Da sensibilidade exacerbada nas sensações vividas.
     Da sonoridade gravada,
     Da coreografia dos movimentos inscritos na memória,
     Da ideia arquitetada e impressa de forma inesquecível,
     Do volume espacial da imagem adquirida,
     Ela vive na memória olfativa, registro perene de sensação.
     A Realidade tem gosto, sabor...
     A Realidade é escrava do momento.
     A Realidade se dilata ou se comprime na velocidade da emoção e na profundidade do senso crítico.
     Não há Unidade na tradução do real,
     Cada indivíduo o interpreta nos limites do seu alcance intelectual e intervenção emocional.
     Assim, a Realidade é fiel ao domínio pessoal.
     A Realidade é única. Indivisível. Intransferível.
     Isso explica as opiniões diversas a respeito de mesmos fatos descritos. Fatos, esses, vítimas de discrepantes interpretações.          
     Se o real não pode ser compartilhado na mesma dimensão e intensidade...
     É porque vive no universo secreto do Mistério.
     Se, para cada um de nós, o momento presente tem conexão pessoal e única com a Realidade...
     Então,Ela só existe, na medida individual da razão e tem a voracidade da incerteza.
     Esta possibilidade propõe a inexistência da concretude e insere a Realidade no Universo da Imaginação.
     Concluo, enfim, que há o Mistério do Nada...
     No Tudo que é Real!


               Zelia da Costa/NM/MT/2705/2017/00:18         

sexta-feira, 26 de maio de 2017

                   
            TERRORISMO À BRASILEIRA

    Ainda não coube no espaço emocional?
    Ou ainda não foi, devidamente, inserido no consciente de cada um?
    Parece que a avalanche de notícias torna impossível ao cidadão brasileiro compreender a dimensão do terror a que foi exposto e integrado.
             Assistimos à distância, noutras terras, ataques terroristas que  tornam populações, reféns da tragédia, vítimas inocentes da insanidade humana.
            Por que razão, insiro esta realidade brutal no cotidiano nosso?
             Considero um crime de guerra, o atual cenário exposto neste País. Explico. Cidadãos brasileiros foram atingidos por ataques terroristas que minaram seus recursos, tornando cada um refém de um projeto de poder alheio aos anseios nacionais.
            Quem duvida, olhe a volta. Veja a Saúde destroçada pelo descaso. Observe a decadência da Educação. A dissolução da Ciência. A subserviência da Arte! As tramas da Corrupção desagregam os recursos e o registro da sua existência se exibe nas vítimas das estradas mal planejadas e construídas com materiais de inferior qualidade. Obras superfaturadas são abandonadas ou desafiam nossa inteligência. Aterrorizados pela audácia dos corruptos e pela certeza da impunidade a população cala, enquanto o “crime organizado” é entronizado na pseudodemocracia sob uma nova forma de governo.
          Terror? Terror! Então, não é terror fazer um País desta dimensão e importância se tornar refém do lixo humano instalado nos poderes desta república?
        O tesouro brasileiro é dilapidado a serviço de uma “casta humana inferior” de empresários que se associa ao xurume da política nacional, em prol dos fétidos interesses mútuos de enriquecimento e perpétuo poder.
        Nossas florestas, nossas riquezas naturais sangram abatidas pela ambição desmedida. Nossa ’hidrovida” está morrendo assoreada pelo desrespeito à lei de proteção aos rios e mananciais. Nosso petróleo se esvai por tubulações que o desvia para alimentar o contrabando.
       Nossas empresas nacionais tem seu patrimônio dilapidado para atender à demanda da corrupção, sob o beneplácito de quem deveria zelar pela lisura das atribuições de comando. Esta é uma das mais aviltantes formas do Terror – a Conivência com o Crime!
    O governo fecha negócios escusos na compra de plataformas de petróleo, de submarinos tecnologicamente superados, etc.
   Você não considera isto um Ato de Terror sequencial?
   Vivemos a insegurança dos arrombamentos de bancos. Enfrentamos o desafio de assaltos a pessoas e a cargas transportadas nas estradas e ainda estamos à mercê das “balas perdidas” que encontram inocentes para se alojar.
   Leis benevolentes abrigam criminosos sob o manto da impunidade.
   Respeito, honestidade, delicadeza, dignidade, honra, nobreza de caráter são expressões humanas sem sentido, fora de época. Caíram em desuso.
  Enquanto propina, esquema, leniência, impeachment, delação, baderna, violência, “laranja”, inquérito, processo, crise, vandalismo, corrupto, corrupção, prisão coercitiva ganharam nova dimensão e popularidade no cotidiano.
 Investimentos inúteis em países estrangeiros na busca da notoriedade pessoal ou vantagens inconfessáveis em detrimento de nossas indústrias e em prejuízo de nossos interesses, empobreceram os cofres do Tesouro Nacional.
  Estamos em convulsão e a nossa é mais agressiva porque, sub-reptícia, desliza entre os poderes, submete as vontades, excita os incapazes, premia incompetentes, exorta os vorazes. Uma nojenta forma intestina de reger instituições clandestinas financeiras Um “terror à brasileira”, um tempo sem pudor. Debochado. Um destino ignorado. Um futuro imprevisível
     Atentem, porém!
    “Nossos terroristas” são também assassinos. Matam nossas esperanças! Eles tem nomes, números e UM TEMPO...
     -  Se forem ignorados pela nossa escolha nas eleições. –
        Esta é a solução!
       Ou seremos cúmplices dos canalhas, ratificando atos e ações dos que zombam das evidências e praticam o Terror sem culpa nem punição.
        Será o MISTÉRIO DO NADA, NO TUDO QUE É REAL!
Zelia da Costa/NM/MT/25/05/2017/22:40                                                                    

   

quarta-feira, 24 de maio de 2017

                          A GOTA
                         Devagar
                Bem lentamente
             Ela escorre no papel
         Imprime um desenho vago
       Como quem comete um crime
Ou será que a deprime não ser fruto de um pincel?

E a gota se expande em todas as direções...
          Já não se faz em borrões;
          linhas finas se perpassam,
               se definem
                  se esfumaçam...
A figura se forma, se deforma, se diverte,
        E o branco, outrora sem graça 
               e sem vida no papel,
             mesmo sem um pincel
              acredita que é arte.
                Zelia da Costa/RO


segunda-feira, 22 de maio de 2017

                  O PARAÍSO DA VAIDADE

     Contam no Brasil, que quando Deus fez o Universo criou um espaço terrestre sem nenhuma calamidade natural. Neste local privilegiado não havia vulcões, nem tremores de terra, nem vendavais, nem maremotos... Enfim, uma Natureza exuberante! Nela fez crescer florestas e deu vida a rios caudalosos e perenes. 
     Os Anjos, surpresos com tanta magnanimidade, num surto de audácia resolveram interpelá-lo;
        - Perdão, Senhor pela audácia, porém a curiosidade nos faz atrevidos! Em outros lugares da Terra, o Senhor fez surgir tufões, enchentes devastadoras, terremotos, maremotos, vulcões apavorantes e, no entanto, de repente faz reviver um verdadeiro Paraíso! Não é injusto, tanta magnanimidade?
         E Deus com um sorriso maroto respondeu-lhes:
     - Acabo de criar o Brasil! Uma obra prima, mas espera pra ver o povo que o irá habitar!
        E então... Os Anjos se calaram a espera da surpresa divina!
        Assim, fica mais clara a compreensão do texto abaixo:

      Filósofos, sociólogos, teólogos, doutores nas diversas áreas do comportamento humano já discorreram “tratados” sobre o assunto, portanto, não me cabe nenhuma responsabilidade no acerto das convicções que me conduzem. Assim, me sinto à vontade para traduzir minhas sensações naturais.
        As pessoas sempre aguçaram a minha curiosidade. O fato de me sentir segura e singularmente integrada aos animais é responsável pela aversão que sinto diante de certas condutas humanas, por mim consideradas exóticas.
      Quero esclarecer que não vivo na floresta entre os animais. Vivo na selva humana!
    Aos animais cabe a luta pela existência. Matam, recolhem alimentos para sobreviver. Não há entre eles o sentimento de vingança. Todos os seus atos por mais que nos possam parecer cruéis respondem à sobrevivência das espécies.
  E o ser humano? O que define a razão de sua existência?
 Em que nível de importância ele a coloca, já que é dotado de “inteligência superior”?
 Que característica humana mais exacerba a minha curiosidade?
   - A vaidade!
    E, é sobre ela que quero falar!
    O Brasil é uma dádiva de Deus!
    Meu Pai costumava dizer que o Criador estava num tempo de profunda inspiração quando criou esse espaço.
   Ocorre que Ele o fez e foi se ocupar de outras coisas, certo que nada poderia se inverter por aqui.
    O povo brasileiro é a prova de que Deus erra!
   Injustiça! Será? Onde a cometi? Nem quero ir historicamente longe.
  Vamos observar o tempo presente. Não todas as circunstâncias. Apenas o trágico momento político que vivemos. Ele é a resultante da escolha singular do voto.
     Estamos vivendo a tragédia resultante desta seleção.
    Você deve pensar que me perdi da intenção inicial – a vaidade!
    Não!Não! Torno a ela já!
    Estamos estarrecidos com as notícias sobre corrupção, mas as manchetes são apenas a revelação da realidade.
     E quem são os corruptos? O que move esses seres?
    A ganância? Não! A vaidade!
    Eles cometem os mais repulsivos atos para exibir joias, mansões, viagens extraordinárias em seus “próprios” veículos, hospedagens nababescas, etc. Cada um e todos eles precisam do Poder para se livrarem da responsabilidade criminal de seus atos.
   Assim, “nesta selva” habitam os mais extraordinários seres humanos:  - “o que há de superior em ordinário”! –
  Esses espécimes se multiplicam graças ao sucesso obtido na manipulação da Lei!
 E o Povo?
Ah! O Povo!
É aquele, de que Deus se arrepende!
Zelia da Costa/NM/MT/22/05/2017/18:00


terça-feira, 9 de maio de 2017


                            TEMPO PERDIDO

Acordou o Tempo...
Cansado e ainda sonolento, ele despertou
E esse Tempo adormecido
Parecia ter se perdido
Num universo de emoções

Ria, meio abobalhado
Um riso aparvalhado, perdido a transcorrer
E quem o acordou, lamenta
Este Tempo que nem tenta...
Outro espaço percorrer.
Zelia da Costa


domingo, 7 de maio de 2017

   
               A PALAVRA É
     
       Paciência! Não há palavra que usufrua do mesmo poder.
      Ao contrário do que se pensa a Paciência é ativa.
      A Paciência não é submissa como o Poder.
      O Poder para existir exige condições.
      A Paciência cabe em qualquer espaço, mas não é humilde, nem ostensiva.
      Seu poder é o domínio do tempo.
       A Paciência se insere nos meandros das soluções.
       Lentamente, sem intimidações e ofensas, ela se faz real.
       O Amor tem limites, fronteiras de dor, exaltação ou desequilíbrio, êxtase, fantasia, crueldade, santidade, generosidade, solidariedade... O Amor se distribui, multiplica, divide e até subtrai. O Amor se glorifica, se expande, se apodera ou escraviza
        A Paciência se instala com a serenidade divina.
        Pacientemente assiste o amor se tornar ódio, inveja, despeito, ambição, fracasso.
        Enquanto os sentimentos se deterioram ou se aperfeiçoam, a Paciência insiste na sua santificada determinação de que um dia busquemos seu destino de Paz.
       A heróica Paciência é a digital da Vitória!
         
         É a hora e a vez.
         A Palavra é PACIÊNCIA!