sábado, 19 de abril de 2014

MIRAGEM


   
           MIRAGEM 
             
  Passou como a brisa leve que acaricia a pele!

  Seguiu sem se deter, sem ao menos me ver...

  Deixou no ar, por momento, um breve sentimento,

  uma estranha sensação de quem deseja o perdão

  pelo pecado que sonha cometer.

  Embora caminhasse, era como se pairasse acima do nada

  e  flutuasse, doce e suavemente, como pluma ao vento,

  como  bolha de sabão

  O meu olhar seguiu-lhe a figura:

   (antes que se fizesse tortura...)

  Sumiu na multidão.
   Zelia da Costa/ Viena /Áustria

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