MEXEU COM O BRASIl... MEXEU COMIGO!
O Brasil sempre foi dividido entre aqueles que Amam o País e
os que amam o poder. Entre os que produzem riquezas e entre os que os exploram.
A parcela que ama o País não ama apenas a exuberante
Natureza. Não! Este imenso grupo ama também seu povo e ostenta a dignidade do
seu caráter, sem alarde, mantendo nas atitudes o compromisso com sua
consciência.
Estes brasileiros rejeitam a abjeta possibilidade de ganho
por meios ilícitos; de usufruir vantagem que venha conspurcar a lisura da sua
cidadania. Eles se rebelam contra as injustiças e a covardia e não admitem o
jugo dos interesses que lhes aprisionará a alma.
Não é fácil amar assim, mas é a
única forma de amor à Pátria que eu
aprendi e aceito! E não estou só! Isto me conforta!
Quanto
ao grupo que ama o poder... Ele não tem Honra, nem ama a Verdade. Vaga entre
bajulações, servilismo e conchavos. Arrasta os pesados grilhões da impunidade
pelo fétido pântano da culpa e da irresponsabilidade. Trai os ideais que há tempos
jurou defender.
Quem ama, verdadeiramente, este País
exerce solitário e orgulhoso seus deveres e dá sua contribuição com a
generosidade que o espírito fraterno é capaz de disseminar. Sem violência e com
grandeza, ele cumpre seu destino, consciente e determinado. Faz sua parte.
Já os que amam o poder podem até exercê-lo num dado momento e
se gabarem arrogantes de seus feitos espúrios como vitórias espertas sobre a credulidade ou a
ignorância. O custo de tamanha covardia os inscreve, cedo ou tarde, no rol dos
corruptos e maléficos brasileiros. Suas ações irresponsáveis desagregam e
definham as oportunidades de se criar para novas gerações, um modelo de
exemplar comando e gestão.
Puderam, em outros tempos, ter se deixado imolar em nome de
uma causa, mas a violência de seu comportamento e sua resistência e sacrifício
tinham fins escusos e sempre mantiveram camuflado, latente, seu desejo
incomensurável de poder que os fez enfrentar toda e qualquer luta como feroz alcateia
sob a pele de um rebanho de ovelhas.
Arrogam para si, supremacia e mérito de vitória como se seus
métodos os fizessem únicos heróis e superiores aos que, silenciosamente,
mantiveram firme e sempre, a dignidade do caráter nobre sem usufruir
privilégios resultantes das atitudes pensadas, determinadas, serenas, fiéis às
convicções de honra.
Fomos iludidos. Não era uma luta honesta. Aqueles que
pereceram foram traídos.
Só hoje é possível identificar, com assustadora transparência,
os ideais pessoais de ambição desmedida.
Nada como o tempo para desmascarar a farsa!
Eles nunca amaram o País nem seu povo! Por que digo isso?
Porque estou enojada com a corrupção que devora nossas
riquezas, que destrói a nossa fé naqueles que outrora condenavam o
comportamento desonesto, mesquinho, aviltante e que se renderam à vaidade e à
ganância, ao dinheiro. O rápido enriquecimento ilícito, explicitamente, se
exibe sem pudor às novas gerações e gesta a violência e anarquia social.
Há uma organização criminosa de poder que escandaliza e
enoja.
A impunidade instaurada mantém a corja livre e alicia
consciências submersas neste “mar de lamas”.
Pessoas infames sempre existiram e sempre existirão. Marcarão
sua passagem com pegadas sangrentas. Serão o contraponto e a razão que alimenta
a inquietante e permanente existência da grande população solidária, atenta e
silenciosa, que ama o Brasil e que os observa e aguarda, já impaciente, os
estertores da antiga e hoje poderosa
geração
corrupta.