ÚLTIMO
MERGULHO
Esgarça-se,
ao sabor das ondas,
trêmula
vela, num adeus distante,
deixando
longe de qualquer desejo
um
cais perdido, envolto em bruma.
O horizonte,
que se estende adiante,
já
não contém desenfreada gula
A
escuna ingênua avança e se perde;
desaparece
na convulsão de espumas...
O
cais vazio, de madeira podre,
sofrendo
a dor da imensa saudade,
dobra
os pilares, ajoelha e chora,
adormecendo
na profundidade
Zelia/Rondônia/2005
Nenhum comentário:
Postar um comentário