PANDORA
Eu tenho uma caixa de pecados
guardada
É uma caixa finamente ornamentada
onde oculto meus segredos
A caixa é de bom tamanho
Tem fechadura de ouro
A chave é o mistério que protege o
meu tesouro
Se eu quisesse...
Eu podia esquecê-la em algum canto
Dá-la como perdida
Viver uma nova vida
Apagá-la da memória ou fingir não
conhecê-la
Olhá-la com curiosidade
para disfarçar a verdade dos
pecados que vivi
Mas, porque faria isso?
Se cada pecado que cometi está ali
protegido,
guardado e defendido na minha caixa de
madeira?
A chave fica comigo é minha
prisioneira
Não sei se sou masoquista, sádica
ou realista
Pois, sinto grande prazer em abrir
e olhar
São muitos e muitos pecados – ora tristes,
ora engraçados...
Podiam ser evitados?
Alguns foram causados pela
inexperiência
Outros, inconsequências...
Mudaram-me pra melhor
Há notáveis e descartáveis
Poucos viraram pó
Todos são meus e os prezo
Cuido deles e os preservo e não
quero esquecê-los
Pois, sem eles não sou nada
Não quero pedir perdão
Nem quero ser perdoada
Zelia da Costa/SP
zeliadacostamt@gmail.com
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