APELO
Quando ele nasceu – menino!
Olhos arregalados!
Já sorria iluminado pela luz de um novo dia!
Faminto, me procurava...
Em meus seios encontrava toda paz e energia!
Era bonito de ver o meu menino crescer entre risos
e algazarra.
E por mais que eu temesse...
Para ele, a vida era uma aventura, uma farra!
Brigava e fazia as pazes, (no acerto entre rapazes).
- Era a vida a se escoimar -
Eu, atenta, assistia:
Seu coração conjugava somente o verbo amar!
Um dia...
Foi, de repente...
“Armado até os dentes”, sem olhos de inocente,
o meu menino chegou!
Assustada, coagida, pela surpresa vencida!
Meu coração
condoeu-se.
Minh’alma
abateu-se.
Vesti-me só
de tortura.
Aquele menino doce que para o mundo eu trouxe...
Jurou tanta atrocidade!
Cheio de mágoa e de ira, o meu menino partira para
crua realidade.
Se alguém vir o meu menino...
Entre fogos e canhões...
Entre corpos mutilados...
Diga que foi enganado!
Que entre angústias e anseios,
(mesmo ignorando os meios)
- Fuja à sanha inimiga -
Volte pra minha barriga...
E descanse nos meus seios!
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