sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

SOB O LUAR





                      SOB O LUAR

Nesta rua deserta ecoam meus passos
Sob a luz do luar, na penumbra da vida
Lentamente caminho sem querer chegar...
Ah! A beleza é de infinitesimal medida
                             por isso cabe em todo lugar!
Nesta rua deserta de sons, não de cores
São múltiplos os odores do dia que foi
        - cheiro de bebidas vendidas em bares
        - de frituras, de lanches...
Imundos papéis que um vento, sem pressa,
 arrasta moleque
zombando da arte, criando painéis!
Tem restos: lixos ambulantes, de ambulantes vidas;
Tem vitrines sem luxo, pipocas no chão...
Pedaços de calçada lavados pelo homem que vende sabão!
Tudo boia
no prateado que a Lua derrama sem pejo ou temor
De repente, uma sombra no vidro polido...
Tentei alcançar!
Na rua vadia andei mais além
A imagem desgarrada esvaeceu
Não vi ninguém!
Zelia da Costa/RO

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