sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A LOUCA



                   A LOUCA

Quero um mergulho no profundo...

Qualquer mergulho, em qualquer mundo,

Busco a coragem pra sobreviver.

Este cenário de guerras extremas

suga-me as forças, multiplica as penas;

rouba contornos que definem o ser.

Quero a leveza do astronauta errante,

pisando o chão da lua que inconstante

esconde a face cheia de pudor.

Qualquer região inóspita e cativa

não será, por certo, mais nociva

do que a presença que eu não quero ver!

Oh! Livra-me do solitário egoísmo

que alimenta a fome de poder!

Assim, gritando, vagava a louca,

por desventura e sanidade pouca,

ía implorando...

o que eu queria ter!


Zelia da Costa/RO/BR                                                         

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