segunda-feira, 30 de novembro de 2015

                  

              ÚLTIMO MERGULHO

    Esgarça-se ao sabor das ondas
     trêmula  vela, num adeus  distante,
     deixando longe de qualquer desejo
     um cais perdido envolto em brumas.

     O horizonte que se estende adiante
    já não contém desenfreada gula
    A escuna ingênua avança e se perde
     Desaparece na convulsão de espuma...

    O cais vazio, de madeira podre
    Sofrendo a dor da imensa saudade,
    Dobra os pilares, ajoelha e chora,
   Adormecendo na profundidade
    Zelia da Costa/SP


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