O DITADOR
Fez-se surdo
aos rogos da população
Nada comovia
mais seus sentidos que o Poder
Agora era
senhor incontestável
Sentia
desprezo pela dor alheia
A generosidade,
só a exibia por vaidade
Há muito a
plateia submissa aos seus interesses reduzira
Mantinha-se
encastelado
Subia
encantado à torre
O horizonte
envolto em poeira e escombros o seduzia
O odor dos
corpos putrefatos alimentava sua ira
As aves de
rapina executavam a coreografia da morte
Um corolário
do horror
O povo
oprimido e acuado se esvaía em fuga insana
Seu país
jazia ardendo na calda sangrenta
Enfim, na
Síria ele - o ditador!
Zelia da
Costa/NM/MT/8/11/2015/19:10
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