domingo, 8 de novembro de 2015

O DITADOR

                 
             O DITADOR

Fez-se surdo aos rogos da população
Nada comovia mais seus sentidos que o Poder
Agora era senhor incontestável
Sentia desprezo pela dor alheia
A generosidade, só a exibia por vaidade
Há muito a plateia submissa aos seus interesses reduzira
Mantinha-se encastelado
Subia encantado à torre
O horizonte envolto em poeira e escombros o seduzia
O odor dos corpos putrefatos alimentava sua ira
As aves de rapina executavam a coreografia da morte
Um corolário do horror
O povo oprimido e acuado se esvaía em fuga insana
Seu país jazia ardendo na calda sangrenta
Enfim, na Síria ele - o ditador!
Zelia da Costa/NM/MT/8/11/2015/19:10






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