quinta-feira, 19 de novembro de 2015

EXTREMO

                     

              EXTREMO

Extremo é se convencer que não há nada a perder

Que nada há  a ganhar

Extremo é não reter nem a lembrança má

Extremo é não sentir que há perfume no ar

Extremo é querer conter a grandiosidade do mar

Extremo é não se perder numa noite de luar

Extremo é negar a luz e nas trevas mergulhar

Extremo é tampar ouvidos quando a música tocar

Extremo é não bailar quando alguém convidar

Extremo é se afogar na mais total solidão

Extremo é estar cego, sem ter perdido a visão

Extremo é esperar a morte para enfim ressuscitar

Extremo é ter o Universo...

                 E não sair do lugar!

Zelia da Costa/MT


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