terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NO SAGUÃO



               

                             NO SAGUÃO

Entre olhares preocupados, ansiosos
Entre caminhares nervosos
Deixo esvair meu tempo
Meus segundos tantas vezes preciosos 
Agora penosos 
Olham calmos, os longos, os enfastiados momentos de espera
Espectadora esgotada, luto para vencer a observação cansada
Espreito figuras, acuo olhares, surpreendo sorrisos
Sou agora a sombra obcena que ouve sussurros
E investiga suspeitas cenas
No palco deste aeroporto...
Saboreio o desconforto dos desconfiados
Zelia da Costa/SP

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