domingo, 22 de dezembro de 2013

ÀS VEZES



              
                   ÀS VEZES    
    
Eu tenho caminhos distantes

Em longínquos lugares que antes, nunca pensei ir

Alguns seguem paralelos  sem importar qual destino

Outros se cruzam

Às vezes, se ocultam imersos na neblina

Muitos vazam por entre pontes

Outras vezes, escalam montes

Ou se internam nas matas

Ou se concluem nas cascatas.

Às vezes, lá,  tem início.

Percorrem o descampado onde céu e terra se fundem

Ou atravessam  o negrume de úmidas grutas inesquecíveis

Navegam córregos, saltam cascalhos

E , às vezes, dispõem entre rochas, precipícios inolvidáveis

Tenho caminhos gelados, cobertos de neve

Tenho áridos atalhos forrados por secos galhos e carcaças sem vermes

Todos eles me seguem e caminham minha vida

Viajo sem despedidas

Qualquer ponto é partida

Chego sempre aonde vou

Zelia da Costa/NM/MT

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