ÀS VEZES
Eu
tenho caminhos distantes
Em
longínquos lugares que antes, nunca pensei ir
Alguns
seguem paralelos sem importar qual
destino
Outros
se cruzam
Às
vezes, se ocultam imersos na neblina
Muitos
vazam por entre pontes
Outras
vezes, escalam montes
Ou
se internam nas matas
Ou
se concluem nas cascatas.
Às
vezes, lá, tem início.
Percorrem
o descampado onde céu e terra se fundem
Ou
atravessam o negrume de úmidas grutas
inesquecíveis
Navegam
córregos, saltam cascalhos
E
, às vezes, dispõem entre rochas, precipícios inolvidáveis
Tenho
caminhos gelados, cobertos de neve
Tenho
áridos atalhos forrados por secos galhos e carcaças sem vermes
Todos
eles me seguem e caminham minha vida
Viajo
sem despedidas
Qualquer
ponto é partida
Chego
sempre aonde vou
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