ARABESCOS
Ah! Cérebro!
Cansei de tantos arabescos percorridos...
O que há de fato que me
impulsione?
Que tantos nomes nada
revelaram?
A fina névoa me atravessa a fronte,
escala os montes e vislumbra –
O NADA!
Entorpecida, pelos descaminhos,
escapo trôpega pelas encostas
Rolo escarpas entre desatinos,
nem mesmo os vândalos que
se aproximam,
não são capazes de galgar
a rocha
Voo em circunvoluções
dementes,
conexões de utópicas
distâncias,
criando pontes,
bimbalhando sinos...
Circuito aberto:
emoções imprevistas...
Vou desnudando tudo a
minha volta!
Se eu fizera desalinhos traços...
Mereço agora pela ousadia,
algum castigo pelo embaraço?
Ordeno já:
- Organizem-se traços!
Se, não por mérito,
então, por zelo!
Façam um berço deste meu
novelo porque agora
- eu quero repousar.
Zelia da Costa/Rondônia
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