INCOMPETENTES! LADRÕES!
SAFADOS!
ASSASSINOS!
Dois caminhões tanques se chocaram na rodovia 163 (Mato Grosso). Um
motorista foi cremado em seu veículo. Estavam desviando de uma “cratera” na
estrada, onde o asfalto rareia, graças à péssima qualidade.
Grande porcaria!
Que importância tem isso?
“Grandes coisas uma pessoa arder dentro de um caminhão”. Como bom
motorista ele já estaria acostumado com a ideia de que isso um dia ia acontecer. As
estradas são cheias de buracos de propósito. O diretor do DNIT no final do dia
faz um levantamento de quantos cadáveres foram apurados.
Esse governador, certamente, não quer perder para o anterior.
Eu imagino a cena quando o assessor chega com os dados da estatística:
- Olha! Acho que não vai ter pra ninguém! Hoje morreu um carbonizado, mas
se tudo correr bem neste fim de semana deve morrer motoqueiro, crianças nos carros, famílias inteiras. É só a gente manter as estradas do mesmo jeitinho: sem acostamento;
o mato invadindo, sem qualquer sinalização; torcendo para que os buracos
menores fiquem grandes – o que deve acontecer já, já... - e que os grandes se
aprofundem.
- Muito bem! Querido! Não sei o que faria sem você!
Que os grandes se aprofundem! Grande frase!
Mas você não acha que isso pode dar merda?
- Coisa nenhuma! O sinhô não é o primeiro diretô que eu assessoro! Isso é
antigo! Já que o sinhô disse “merda”, eu posso lhe afirmar que esse povo
brasileiro é tão “babaca” que nem toma conhecimento desse negócio.
Sai governo entra
governo e ele repete com sua licença, a mesma merda.
- Ei! Pera lá! Assim, você me ofende!
- Desculpa doutô! Foi “mau”! É que eu
estou tão animado com os números que conseguimos...
- Sei. Sei. Eu também! Eu também, meu
caro! Vamos bater o recorde do Pagot. Só não quero que venham esfregar na nossa
cara que não conseguimos isso sozinhos. Sabe como é, né? O governador vai dizer
que ele também colaborou. Sabe, sucesso todo mundo quer ser dono!
- Ah! Doutô! Tem razão! A Dilma vai dizer
que é obra do PAC.
NOTA:
Meu filho é engenheiro agrônomo. Trafega a
trabalho por essas malditas estradas.
Eu tinha que me vingar
desses malditos calhordas!
Zelia da Costa/17/08/2013
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