Muito
do que hoje é visto com naturalidade, já foi considerado impossível.
Escritores,
poetas, músicos, pintores, cineastas, artistas de modo geral são capazes de se
antecipar aos eventos e vislumbrar cenários, comportamentos, causas e efeitos
díspares que nos surpreendem e se efetivam, muito tempo depois de serem
alardeados ou terem causado escárnio público! Serão eles os arautos dos tempos
advindos?
Fenômenos,
tragédias, descobertas científicas, avanços tecnológicos, invenções fazem parte
do corolário detalhado por muitos artistas. Verdadeiras previsões ou predições,
como queira.
Você
pode até pensar o contrário e me refutar, achando que, na maioria das vezes,
tais “predições” inspiram mentes anormais a tornar real o que era
“fantasia”.
Pode
acontecer. Porém assisti, há muitos, muitos anos atrás, num grande cinema no
Rio de Janeiro, um filme que, ao término, deixou a platéia paralisada. Seu nome
- Soylent Green.
Um
filme assustador, embora não tenha “efeitos especiais”. Pior do que tê-lo assistido é ver, com o
passar do tempo, a fantasia grotescamente cruel... passo a passo, se materializar.
Ele
narra um tempo em que o petróleo deixa de existir e o planeta não tem mais
recursos para alimentar a superpopulação
humana!
Carcaças
de veículos pelas ruas dão o tom caótico. Um simples sabonete é guardado como
jóia e deixado como herança.
Tudo
está contaminado por agrotóxico que atinge pastos, rios e lagos, florestas e
toda a vida animal.
O
governo único é exercido por presidente de multinacional.
Grupos
de desesperados e violentos, formado por famílias percorrem as ruas à cata de
preciosos e escassos alimentos armazenados - as
conservas.
A
solução encontrada pelo “governo” para matar a fome da população tem origem
macabra e surpreendente e aqui não vou confidenciar. É um roteiro tenso. O ator
Charlton Heston atravessa o filme buscando desvendar o mistério. Posso lhe
garantir que é chocante!
Já
estamos devastando as florestas, com voracidade assustadora, para produção de alimentos
de origem agrícola e criação de gado. O agrotóxico é aplicado por aviões e,
assim pulverizado, vai se expandindo.
Muitos
rios estão mortos por serem usados como esgoto e mares já estão condenados pela
assustadora poluição de dejetos.
Já
perfuramos camadas abissais dos oceanos na busca do petróleo. Iniciamos o
catastrófico processo de envenenamento da vida marinha.
O
domínio das multinacionais no fomento às guerras
religiosas,
políticas, etc. para “desovar” sua produção de armas é
subliminar
e bem concatenado.
A população se reproduz inconsciente da
própria tragédia e já atinge sete
bilhões de pessoas.
O mundo caminha no compasso ditado pelas
“superpotências” cujos governos atendem aos interesses das indústrias do
dinheiro e do consumo.
É só “um tempo” para nos alimentarmos de
“Soylent Green”!
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