quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ARTE VISIONARIA


                           

Muito do que hoje é visto com naturalidade, já foi considerado impossível.
         Escritores, poetas, músicos, pintores, cineastas, artistas de modo geral são capazes de se antecipar aos eventos e vislumbrar cenários, comportamentos, causas e efeitos díspares que nos surpreendem e se efetivam, muito tempo depois de serem alardeados ou terem causado escárnio público! Serão eles os arautos dos tempos advindos?
Fenômenos, tragédias, descobertas científicas, avanços tecnológicos, invenções fazem parte do corolário detalhado por muitos artistas. Verdadeiras previsões ou predições, como queira.
         Você pode até pensar o contrário e me refutar, achando que, na maioria das vezes, tais “predições” inspiram mentes anormais a tornar real o que era “fantasia”. 
         Pode acontecer. Porém assisti, há muitos, muitos anos atrás, num grande cinema no Rio de Janeiro, um filme que, ao término, deixou a platéia paralisada. Seu nome - Soylent Green.
         Um filme assustador, embora não tenha “efeitos especiais”.              Pior do que tê-lo assistido é ver, com o passar do tempo, a fantasia grotescamente cruel... passo a passo,  se materializar.
Ele narra um tempo em que o petróleo deixa de existir e o planeta não tem mais recursos para alimentar a superpopulação
 humana!
Carcaças de veículos pelas ruas dão o tom caótico. Um simples sabonete é guardado como jóia e deixado como herança.
         Tudo está contaminado por agrotóxico que atinge pastos, rios e lagos, florestas e toda a vida animal.
         O governo único é exercido por presidente de multinacional.
         Grupos de desesperados e violentos, formado por famílias percorrem as ruas à cata de preciosos e escassos alimentos armazenados  -  as conservas.
         A solução encontrada pelo “governo” para matar a fome da população tem origem macabra e surpreendente e aqui não vou confidenciar. É um roteiro tenso. O ator Charlton Heston atravessa o filme buscando desvendar o mistério. Posso lhe garantir que é chocante!
         Já estamos devastando as florestas, com voracidade assustadora, para produção de alimentos de origem agrícola e criação de gado. O agrotóxico é aplicado por aviões e, assim pulverizado, vai se expandindo.
        Muitos rios estão mortos por serem usados como esgoto e mares já estão condenados pela assustadora poluição de dejetos.
        Já perfuramos camadas abissais dos oceanos na busca do petróleo. Iniciamos o catastrófico processo de envenenamento da vida marinha.
O domínio das multinacionais no fomento às guerras

religiosas, políticas, etc. para “desovar” sua produção de armas é
subliminar e bem concatenado.
          A população se reproduz inconsciente da própria tragédia e já atinge  sete bilhões de pessoas.
          O mundo caminha no compasso ditado pelas “superpotências” cujos governos atendem aos interesses das indústrias do dinheiro e do consumo.
   É só “um tempo” para nos alimentarmos de “Soylent Green”!



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