sábado, 16 de janeiro de 2016

                            FÉ

   Nem bem a bruma cautelosa parte...
   E já percebo a concreta ambição
   Que te devora sob a luz que arde,
   Maculando fractal visão

   Se a Natureza sábia admite
    Tal crueldade não dissimular.
     Eu abro mão de todo o limite
    Que a covardia impõe redobrar.

 Rompo as fronteiras que o medo abraça,
 De frente, encaro o teu frio olhar,
 Nem tuas armas, nem a tua crença
 Terão mais forças para me assustar!

   Enquanto os pássaros livres voam...
   Explodem ondas por todo o mar!

   Se a Terra freme em suas entranhas
    E expele lavas para renovar...

    Eu desafio a tua vileza:
      A Liberdade há de te esmagar!
            Zelia da Costa/RO/2005


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