domingo, 14 de junho de 2015

PALMARES

            PALMARES

Eu tenho uma estrada que me acompanha
Que, às vezes, segue na frente...
Às vezes, estranhamente, atravessa minhas entranhas
É longa...
É sinuosa
Anda pelos meus caminhos
Quando estou chorosa, murmura canto de pássaros
E, se estou silente, contorna-me, docemente, com seus abraços
É uma estrada viva, altiva e vaidosa
Em cada cantinho seu, há uma cor, um perfume, uma flor dengosa;
Porque eu muito pisei neste chão que encontrei na solidão da vida,
ela se instalou, com a intimidade de quem se credita amiga
Confidências trocamos, imagens lembramos de tempos idos
e minha estrada contente, chove comoventes lágrimas antigas
Assim, combinamos, se o cansaço vier durante a caminhada...
Eu a tomo no colo ou ela me carrega, até o fim da jornada!

                 Zelia da Costa/Rondônia/2004
z         zeliadacostamt@gmailcom

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