segunda-feira, 8 de junho de 2015

O ERMITÃO

             O ERMITÂO II

Sabia ser enfim chegada a hora
Tinha sob seus olhos a grande extensão
Todo aquele verde emoldurava a planície com a Paz
- Ventura verde de esperança agreste  -
Descobrira, há muito, que a Paz não era branca
Nem azul
A Paz era verde e perfumada
A Paz tem aroma de flores, de mato
E acena suave nas hastes perfiladas ao vento
Algumas árvores saudavam sua presença
Outras permaneciam imóveis, atentas
A longa existência as fez preocupadas
Tinham marcas, sequelas da humana convivência
Envolveu as gigantes num longo abraço
Selara a intenção
Nunca mais a cidade
Ah!Agora a verde Paz, salpicada de flores e cores
Cores que voavam nas asas das borboletas
Só insetos, de verdade, nunca mais gente
Deitou-se e ali ficou
Pássaros calaram  
A luz da Lua prateou o sono
Solidão? 
Nunca mais!
Zelia da Costa/NM/MT

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