quarta-feira, 16 de outubro de 2013

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               Será que há um lugar onde eu a possa deixar quieta?
               Porque embora discreta, abstrata ou concreta,
              Você a mim não engana - quer aparecer!
              É sonsa a pequenina, um embuste esta menina
              Pobre de quem acredita nas estórias que conta...
              Se quiser te leva às lágrimas e atrás de ti gargalha 
             sem pudor e sem remorso...
              Coração canalha!
              Eu não consigo impedi-la e nem lhe conter a ousadia, 
             pois, faz de mim o que quer
              E por isso é que imploro!
              Se acaso tu tiveres um cantinho, um vão, 
             um espaço diminuto em que caiba a Fantasia
         (Onde se abriga a Vaidade, mãe de todas as Mentiras)
             Cede-me de verdade, sem mesquinharia
              Eu preciso me livrar dessa tal de Poesia!
                Zelia da Costa/MT/BR

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