A ALMA DA
PONTE
A ponte sofrida e corroída ainda liga as duas
cidades!
Guarda
a nobreza de um tempo distante...
Quando
as carroças e as carruagens roçavam leve seu solo novinho,
tornando útil o recém
caminho:
“grande
avanço da modernidade”
A
ponte agora, carcomida e velha,
lembra das dores e atrocidades
dos que sofreram
em tempos de guerra,
a
se arrastar pelo seu chão clemente
e
dos canhões que, impiedosamente, rasgavam sulcos no seu chão doente
A
pobre ponte, alquebrada e triste, pena e chora toda esburacada!
Nem
gratidão o povo admite!
A
velha ponte está condenada!
Enche-lhe
o corpo, só a dinamite...
E
o povo aguarda a explosão marcada:
ouve
- se o estrondo, em meio à fumaça,
e
a poeira sobe em desgraça...
(Sob
aplausos de um povo sem calma)
Mas,
para o espanto do jovem engenheiro,
a
nobre ponte fica por inteiro!
Tão
forte assim... só tendo alma!
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