domingo, 28 de julho de 2013

PARTIDA





                PARTIDA

     Partiu.
    Olhou atrás mais uma vez
    Sentiu que algo se desfez
    como se diluísse a derradeira esperança
    na curva que outrora guardava
    o que na memória hoje sangra.
    Perderam-se da alma, os olhos.
    Enquanto os sonhos vagueiam
    e os passos embaraçados titubeiam
    na estrada que o embaraça em sua teia.
     Suspira num soluço.
    Não chora.
    Pois, a pena que verbera
    sua lágrima envenena.
    A dor vertida o cega.
    Certo de que nada imanta,
    não vê o pássaro que o segue e canta...
                             E canta...
                                      E canta...

                           Zelia/RO/2004

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