domingo, 29 de outubro de 2017

                     
            SOB O LUAR

Nesta rua deserta ecoam meus passos
Sob a luz do luar, na penumbra da vida
Lentamente caminho sem querer chegar...
Ah! A beleza é de infinitesimal medida
 Assim, cabe em todo lugar!

Nesta rua deserta de sons, não de cores
São múltiplos os odores do dia que foi:
        - cheiro de bebidas vendidas em bares
        - de frituras, de lanches...
Imundos papéis que um vento, sem pressa,
 arrasta moleque zombando da arte, criando painéis!

Tem restos: lixos ambulantes, de ambulantes vidas;
Tem vitrines sem luxo
Pipocas no chão...
Pedaços de calçada lavados pelo homem que vende sabão!

Tudo boia no prateado que a Lua derrama sem pejo ou temor
De repente, uma sombra no vidro polido...
Tentei alcançá-la!
Na rua vadia andei mais além...

A imagem desgarrada esvaeceu
Não vi ninguém!
Zelia da Costa/RO

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