sábado, 5 de julho de 2014

TORMENTO



               

                TORMENTO

Perdeu-se da luz que, no fundo do túnel,
 ainda piscava

Saiu desnorteado pela escuridão!

Trôpego andava e , quando em vez, 
imprecava maldições

Uivava o seu lamento como náufrago em mar,
 sedento,  
cercado de água e vida
 
Bradava seu desespero:
Sem controle, 
sem bússola, 
sem saída!

E, no entanto, apertava nas mãos crispadas:
Fósforos – na caixa fechada
e a tocha – que lhe salvaria a vida!

Zelia da Costa/RO

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