sexta-feira, 11 de julho de 2014

POETA ARCO- ÍRIS





                  
  POETA  ARCO- ÍRIS   
  
Os verdes, que me descobrem,
põem a nu minhas raízes
usando dos seus matizes
aquarelam meus sentidos,
abrem os meus ouvidos,
desembaçam os meus olhos
A seminova retina parece que descortina
outra verdade, outra luz
Livre do olhar antigo, pensamentos poluídos
fogem do seu arcabouço
Um novo odor se exala 
e até o som da minha fala
absorve o tom das cores!
A neblina como incenso envolve 
neste momentotoda magia das flores
É como se fosse festa!
Perdida nesta floresta,
encontro os meus amores!
A luz que infiltra entre os galhos
imprime nas gotas de orvalho beleza pura,
indizível!
Toco os céus com meus dedos
e o chão me conta os segredos dos caminhos
que procuro
Tantos gestos delicados, antes intimidados,
   agora em mim se exibem
A mata é meu Universo!
Perdoem os tolos versos
de um poeta arco-íris!

 Zelia da Costa/RO/2005

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