SÚPLICA
Espera...
Não se vá pelas
tortuosas sendas da esperança
Fica um pouco
mais
Queira a
lembrança que vive a murmurar canções
Torna a ela
Espera sem
receios, tão já, retornam seus anseios
O futuro
exacerba e agride os sentidos
Agora, usufrua
das recordações
Ouça o cascatear
das águas a resvalar entre pedras verdes
Ah! As risadas
molecas...
Lembra das
passagens secretas por íngremes vãos,
da lama viscosa
nos pés descalços,
arranhões nas pernas,
arranhões nas pernas,
paus em pedaços,
picadas de insetos, ferrões...
Um cheiro de
mato a devassar pulmões
Chega desta
caserna, deste arcabouço
em que se fez perdida
em que se fez perdida
Queira as cores,
a liberdade dos pássaros,
a transparência das águas,
a transparência das águas,
a suavidade das
flores e a neutralidade do poente
apagando a lida
apagando a lida
Queira de volta
antigos sons e a chuva cálida
a embriagar os sentidos
a embriagar os sentidos
A esperança e o
futuro geram ansiedade
Queira, por
momento, a calma da saudade
Espera...
Zelia da
Costa/RO
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