DUELO
E
quando os olhos se fixaram...
Não
havia perdão!
A
dor estampada expunha a cruel ferida
que o tempo de uma vida, cicatrizar não podia
E
os outros olhos fitados, também perdão não pediam
Eram
vagos, sinistros, opacos...
Signos da vida vazia
Assim,
nesta cena estranha: sem palco e sem plateia
Dois
ódios digladiavam, sem texto, na mesma tragédia
Se
para um, tudo perdido
Outro,
nada tinha a perder
Eram
os dois - vultos vencidos
Duas
sombras a morrer.
Zelia
da Costa/NM/MT
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