terça-feira, 29 de janeiro de 2013

BUSCA



                              

                           BUSCA


Onde estão os meus mortos?
Em vão tento encontrá-los

De que lugares escuros terei que desenterrá-los?

Onde estão meus falecidos, aqueles com quem vivi?

Que é dos entes queridos que me deixaram aqui?

Por onde vou procurá-los?

Por que caminhos, que vãos?

Por que túneis e vielas?

Por que pontes, em que chãos?

Assim, perguntava eu aquele que encontrava

Que sempre penalizado algum lugar indicava

Até que um dia, acredite, uma voz me respondeu

Indagando confrangido a quem procurava eu?

Respondi-lhe entristecida

E ele com muita calma segredou-me a sorrir:

- Estão dentro de su’alma.

          Com meu carinho e profundo pesar 
                                  Zelia da Costa

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