sábado, 19 de dezembro de 2015

TICUTUCU

                       
                                TICUTUCU

 Estou querendo criar um “movimento”, mas preciso reunir  adeptos à minha ideia que mesmo pecando pela ausência de brilho é, com certeza, bem vinda neste caos intelectual e obscuro que a distante perspicácia nos impõe.
         É-me neste momento, imprescindível a tomada de posição.
         (Esta linguagem “empolada” é proposital para impactar. E ser mais convincente. Quem sabe?).
         Diante da caótica e árida manipulação das sensibilidades que se entranha, viscos amente disseminada, de forma mórbida na população, urge providência.
        Quero, desde já, deixar claro que há motivos fortes para tal mobilização. Não é meu objetivo fazer mistério. O mistério está na intenção e finalidade subliminar das motivações insidiosas que se ousam infligir.
         Observe atentamente:
Os participantes deste movimento que ouso instaurar são tão idiotas quanto à razão que fez nascer a minha proposta. Portanto, sinto-me à vontade para expor de forma irônica e humorada o ridículo deste contexto.
De agora em diante, proponho que:
-  classificação, adjetivação, relação ou qualquer outro tipo de identificação cromática que sinalize atos, fatos, objetos, ações, doenças, sentimentos, emoções, fenômenos, etc., etc., etc... Devem ser expurgados por ferirem “o politicamente  correto”.
         Para começar – por que armas brancas? – expressão a ser abolida já!
       Os povos nórdicos, aqueles arianos puros (?) podem se sentir ofendidos!
       Ouvi um juiz do STF, portanto, senhor de notável prestígio se referir a um crime, de forma bastante pejorativa. Ele disse:
- O branqueamento do dinheiro...
         Branqueamento? Absurdo. Isto dito assim, “na lata”...
Ele se referia ao crime: lavagem de dinheiro!
De que cor seria a operação que fez a bolada chegar lá?
Talvez... Roxo corrupto?
Não sei, não...
         Imagina alguém ficar branco de medo!
         Melhor usar pálido!
         Nem preciso detalhar!
         Febre Amarela – nunca mais!
         Já que submetemos, depois de tantos anos de Evolução, a espécie humana à categoria mísera de grupos raciais, Febre Amarela - moléstia perigosa, deve ser um acinte aos Povos Asiáticos. Uma ofensa sem preço. Se eles não gostarem desta denominação e se rebelarem irados... O resto de nós vai desaparecer! Eles são muitos!
         Vermelho de raiva!
         Já não são tantos, mas ainda existem grupos remanescentes das tribos americanas dos“Peles Vermelhas”. Imagina a reação desta pequena e valente população apelando às Cortes Internacionais de Justiça, por não considerarem politicamente correto usar as expressões: “vermelho de vergonha”, “vermelho de raiva”...
         E se alguém se referir ao criminoso e sua negra consciência no lugar de usar a expressão consciência “pesada”.
         Toda Nação Africana reagirá. 
        É preciso ser mentalmente incapaz para se materializar a ideia do politicamente correto, ao invés de se valorizar as “relações humanas” na amplitude de um sentimento superior de fraternidade. Por que não vivermos libertos de qualquer preconceito? Por que não livramos nossa atenção do olhar superficial que dedicamos à aparência humana ou sua forma de ser, de estar, de viver e nos detemos no exercício do convívio que nos há de engrandecer! 
          Delicadeza, respeito, generosidade, sensibilidade, amor fraterno, etc. São qualidades a serem estimuladas na prática da convivência saudável, indiscriminada, solidária.
         Há sim! Com certeza há! Motivos perniciosos, maléficos, doentios e pessoais e políticos sim, que movem esses ideais anacrônicos! Neles, além de um ódio atávico que se abriga, há um sentimento recente! Coisa de gente infeliz. Inferior de verdade. Uma espécie de vingança contra tudo e contra todos! Um desejo subliminar de tirar vantagem, de usufruir privilégios, de ganhar singularidade, de alcançar projeção!
         Preconceito é matéria de Educação, de formação do caráter. Ninguém nasce preconceituoso! A criança aprende a ser preconceituosa com a família. Normalmente, quando os pais tem na sua origem a raça que se negam aceitar. Em geral, são mulatos “disfarçados”. Aqueles “brancos” que negam a origem:
        Um bisavô negro ou um membro da família cuja aparência, nariz, boca, cabelos e corpo sinalizam a origem africana.
         Ocorre também o inverso. 
         Há negros que alimentam, com prazer mórbido, um desprezo descabido por alguém que supõe branco, num arremedo de inominável forra. O preconceito assombra esses seres maléficos que não honram sua própria identidade!
    Prestam também, um “desserviço” à população brasileira, à formação intelectual e pacífica das novas gerações!
         Os negros escravizados, verdadeiramente impuseram aos “senhores” a força nobre da sua Cultura, suas inabaláveis Raízes. Na Arte, a profusão de cores, formas, movimento e registros do cotidiano. Na Religião com sua fé nos seus deuses e no cumprimento e expansão de seus rituais. Na Culinária com Texturas e Sabores inusitados. Na Música com seus Instrumentos e Ritmos e Coreografia.
Muitos falavam Árabe por força de sua Fé e do Comércio que praticavam na sua região. Havia entre eles, homens alfabetizados, cultos. Saibam que havia negros muçulmanos que liam o “Alcorão” e  cuja erudição era posta - no Brasil - a serviço dos “senhores”, não raro, analfabetos e com dificuldades para cálculos.
           Negros, em grande número, eram famílias nobres. Foram traídos por outros negros que os venderam, após combates entre tribos, aos traficantes de escravos.
         A  infâmia não tem cor e insere parte da humanidade. Em todos os tempos.
Hoje, num país mestiço como o nosso... Ainda se canta a canção dos covardes!
        Nada! Nenhuma ofensa pode atingir a Nobreza de uma Raça que atravessou os séculos! Se a ofensa atinge é porque é do seu tamanho! Só é atingido quem perdeu a Realeza! Quem não é Digno da Majestade!
        Há também negros que cultivam uma espécie de auto- piedade para usufruir das benesses da popularidade dos holofotes da mídia! Pena! Agem, não de forma solidária, e sim, usam o momento de expressão da própria dignidade de maneira vulgar e repulsiva!
Os Pobres!
Isto sim! Aos pobres devemos voltar nossas atenções:
- brancos, negros ou índios, os pobres desatendidos, desvalidos, desgraçados cujos horizontes não distinguem!
E há tanto que oferecer...
Saúde, Educação, Cultura, Lazer!
         Hospitais e Escolas equipados. Profissionais preparados.  Educação de qualidade com especialização criteriosa para o sucesso. Estas deveriam ser as preocupações das “nossa otoridades” que ora se limitam a exigir quotas para negros e índios e não para pobres!
Pensionatos e Restaurantes Públicos para harmonizar as possibilidades garantiriam a frequência natural.
Para que ganhar a matrícula se mora distante  e não tem como se alimentar, onde se abrigar?
         No mais, quanta honra!
         Ou será - Quanta desonra?
         Quanto às ofensas...
         Conheci uma velha negra, bisneta de escravos que irônica e gozadora ria muito quando alguém ousava ofendê-la e respondia, se referindo aos antepassados do ofensor:
- Na "cozinha da sua casa" tem uma negra fumando cachimbo!(No caso, a cozinha é o seu DNA).
       Talvez, seja a mais forte referência a ressaltar a mestiçagem brasileira.
      Em verdade, está faltando Ariano no mercado!
         - Senhores e senhoras! A rejeição à mestiçagem é um crime de "lesa-Pátria"!
        Apresento-lhes, constrangida e enlutada, o lado escuro do

Nazismo

        OS NEGROS RACISTAS!
         Embora do avesso...
É assim que começa!              
Zelia da Costa/NM/MT

                                                                                   

Nenhum comentário:

Postar um comentário