sábado, 5 de dezembro de 2015

LAMENTO

           LAMENTO

 Tem a alma vazada
 Em retalhos rasgada
 Um rude tecido
 Coisa antiga, em desuso
Triunfo de velhas batalhas
 Deflagradas por ideais esquecidos

   Tem no corpo remido
   marcas de um perdido tempo
   Tempo de heróis venerados
   que evaporaram,  
   como nuvens de fumaça
   Fantasmas que a história rejeitou.

Aqui, onde um dia o chão foi de sangue empapado
 (marca dos pecados que a violência adubou),
 cresceu este campo de verde calma

 E, em meio a este verde su’alma
 Tenta se recompor

      Zelia da Costa/RO/2006.                                            

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