terça-feira, 14 de julho de 2015

AS SOMBRAS DE CADA UM

  

AS SOMBRAS DE CADA UM

A claridade se interpôs 
entre grossas colunas
Construindo fantásticas imagens
 no cenário pétreo

Sem esforço, elas deslizam reptícias
Como se zombassem...
Criando sombrios espectros

Impedida de romper os totens de mármore
A luz perde a autoria da cena
- Arte rara a induzir visões -

Num esforço, a luz tenta confundir desenhos
Que a provocam, num rito sem conexões
Enquanto pelos vãos e entre frestas
Num painel de formas excitantes
Sombras infiltram nas figuras
Secretas mensagens 
entre as colunas gigantes

Assim, também na vida, luzes encandeiam
E desenhos fazem, refazem, desfazem...
Signos que nos liberam ou cerceiam
 Projetam nas formas que nos seduzem
Sombras de cada um, sombras alheias.


Zelia da Costa/NM/MT
zeliadacostamt@gmail.com

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