terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

UM TÉTRICO FAZ DE CONTA



                  
               UM TÉTRICO FAZ DE CONTA

Não lia nos olhos a verdade que outra boca lhe dizia...
Era mais que mentira! Era a dissolução de um ser!
Embora constrangido, de certa forma, também mentia
Fingindo que em tudo cria, fingindo pra não sofrer
Ouvia as dúbias palavras denunciadas no olhar
Incrédulo assistia o desfazer da figura
Uma sessão de tortura que não pudera evitar
A tristeza comovente tornou-se, de repente,
                  palpável,
                concreta,
                absurda
Quem o amigo agora perdido e há tanto tempo querido?
Quem esse estranho?
Um arremedo?
Um desconhecido?
Fez-se duro o castigo!
Personagem de outra história?
Se a vida é como um livro...
Foi encerrado o capítulo, triste e mórbido capítulo
De um tétrico livro de faz de conta
Zelia da Costa/NM/MT/10/11/2012/02:44

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