segunda-feira, 9 de setembro de 2013

NOS AZULEJOS



              


                     NOS AZULEJOS 

 O dia morno, um céu sereno...

 A luz difusa escorre em tênue imagem 

Nas sombras se desenham silhuetas 

Que vagam livres com intimidade


Pelas paredes passeiam formas 

Que se aninham ou se isolam e partem

Outras, se ocultam ao se agregarem à cena

Fantásticas!


Os painéis vivos se esfumaçam e somem 

Novas figuras entrelaçadas pairam

Em meio à torrente de um jogo seráfico 

Mais desenhos surgem desenfreados

Expondo súbito, alegorias enfáticas

Mágicas!


Ora dramáticas, ora pacíficas formas

As visões sucedem sem pausa

Traduzem, por certo, mensagens ocultas 

Nas convulsas expressões de arte


Assim, desfilam pelos azulejos

Angústias, sonhos e realidade 

Verdades!

Zelia da Costa

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