sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DUELO





                  
            DUELO

E quando os olhos se fixaram...
Não havia perdão!
A dor estampada expunha a cruel ferida
 que o tempo de uma vida, cicatrizar não podia
E os outros olhos fitados, também perdão não pediam
Eram vagos, sinistros, opacos...
 Signos da vida vazia
Assim, nesta cena estranha: sem palco e sem plateia
Dois ódios digladiavam, sem texto, na mesma tragédia
Se para um, tudo perdido
Outro, nada tinha a perder
Eram os dois - vultos vencidos
Duas sombras a morrer.
                                   Zelia da Costa

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