quinta-feira, 7 de maio de 2015

HECATOMBE




        HECATOMBE

As hordas se avolumam, crescem

A multidão disforme avança e freme

Sem vela, sem leme, sem destino, sem temor

O desespero que alimenta a gana

Força a marcha insana

Que não acua ante o que as armas impõem

No entanto, eram tão felizes

Cantavam em plena praça

Dançavam pelas ruas

Saudavam o Sol e a Lua

Bendiziam a Paz!

E o que  os  levou ao desatino, à dor e pranto?

- O crime a que se aliciaram calando.

Não era tempo de guerra,

mas devastada

a Terra negou-lhes a água e o que comer.

Zelia da Costa/NM/MT

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