PENSO. LOGO EXISTO. SERÁ?
Pensei que o tempo respondesse às
interrogações que alimentei e que só se multiplicaram no decorrer da vida. Que
nada. Às vezes, penso que imiscuo a minha ignorância desmedida na imensa
curiosidade. Será que confundo perplexidade com interrogação? Será que tanto
espanto gera pergunta? Será que a resposta contém explicação definida? Ou será
que as interrogações se sucedem por ser mais conveniente manter a indagação do
que aceitar a resposta? Sei que divago em meio à dúvida, mas se a dúvida se
instala é porque a ela se acopla a indagação.
Por mais
que pareça insana agonia, tudo depende de como se convive num mundo rico de
perguntas e envolto num caudal de respostas. Há respostas que satisfazem muitas
perguntas, mas deixam sempre um rastro de inquisições. Uma resposta gera muitas
interpretações. Portanto, eu concluo rápido, antes que você indague sobre minha lucidez e racionalidade, considerando
que a vida seria monótona e insana, caso houvesse para perguntas inconcebíveis,
respostas incontestáveis. Seria o fim da curiosidade científica, filosófica,
histórica, artística etc.
Na busca de
respostas se constroem os caminhos.
Enfim,
reverencio a curiosidade que me faz ver a vida com olhos de criança e assim,
indagar com peculiar avidez para descobrir ou redescobrir, quase ingenuamente, o
encanto da percepção e a magia dos meandros da realidade.
Fui clara?
Nenhum comentário:
Postar um comentário