quarta-feira, 3 de abril de 2013

PENSO. LOGO EXISTO. SERÁ?



          

           PENSO. LOGO EXISTO. SERÁ?
        
         Pensei que o tempo respondesse às interrogações que alimentei e que só se multiplicaram no decorrer da vida. Que nada. Às vezes, penso que imiscuo a minha ignorância desmedida na imensa curiosidade. Será que confundo perplexidade com interrogação? Será que tanto espanto gera pergunta? Será que a resposta contém explicação definida? Ou será que as interrogações se sucedem por ser mais conveniente manter a indagação do que aceitar a resposta? Sei que divago em meio à dúvida, mas se a dúvida se instala é porque a ela se acopla a indagação.
Por mais que pareça insana agonia, tudo depende de como se convive num mundo rico de perguntas e envolto num caudal de respostas. Há respostas que satisfazem muitas perguntas, mas deixam sempre um rastro de inquisições. Uma resposta gera muitas interpretações. Portanto, eu concluo rápido, antes que você indague sobre  minha lucidez e racionalidade, considerando que a vida seria monótona e insana, caso houvesse para perguntas inconcebíveis, respostas incontestáveis. Seria o fim da curiosidade científica, filosófica, histórica, artística etc.
Na busca de respostas se constroem os caminhos.
Enfim, reverencio a curiosidade que me faz ver a vida com olhos de criança e assim, indagar com peculiar avidez para descobrir ou redescobrir, quase ingenuamente, o encanto da percepção e a magia dos meandros da realidade.
Fui clara?

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