domingo, 11 de março de 2012

EU PEÇO PERDÃO

                                     EU PEÇO PERDÃO  
            
          A minguada Educação Brasileira faz o País perder o maior tesouro humano que o Brasil pode produzir – suas Gerações de Superdotados!
           Despreparados para cultivar estas inteligências diferenciadas, educadores ingênuos libertam suas consciências  rotulando-os: hiper-ativos, alienados, indisciplinados, agressivos, etc. É claro, que nem todos  deste grupo fazem parte da elite a que me refiro. Há, na verdade, um grande número de alunos que tem problemas orgânicos ou que abrigam sérios conflitos emocionais. Não podemos ignorar que apenas uma pequena parcela, cerca de 3,5% a 5% da população apresenta inteligência superior, segundo especialistas.  Este comportamento, portanto, também pode advir de outras causas, mas não há nenhuma preocupação em se observar entre os alunos, aqueles que não se submetem ao sistema imposto, por ser absolutamente inadequado aos seus interesses e evolução.
        O superdotado complica. Exige. Expõe a fragilidade que se camufla na inquietação e irritação de um Professor que se exacerba por não conseguir identificar as causas do descontrole que expõem sua inadequação para lidar com este “problema”. Este aluno é, em geral, inquieto ou extremamente tímido. Sob ameaças constantes daqueles que exercem autoridade ... ele se desagrega. A falta de incentivos dilui a motivação tornando-o, muitas vezes, ocioso até ficar convencido de que é ‘incapaz”. Daí, advém consequências irremediáveis que se instalam e se exibem - da depressão ao confronto. Triste é saber - as queixas que fazem deles é, justamente, a chave para o seu desabrochar. Não há para eles o mesmo olhar nobre, humano e acolhedor que se destina a outros grupos “especiais”. Eles não provocam nenhum interesse maior! Não despertam a generosidade porque não sinalizam, claramente, o seu desespero.
        Crianças com incrível aptidão artística, verbal, mecânica ou dotadas de extrema curiosidade para as ciências, etc., quando não estimuladas tendem a se tornar deprimidas, gaiatas ou rebeldes e até violentas.
       Israel é um dos muitos países que mantém equipes de especialistas a percorrer, periodicamente, escolas onde professores atentos, criteriosamente preparados e orientados para estas descobertas, apontam alunos identificados pela inteligência diferenciada. Esses professores recebem apoio técnico e psicológico para acompanhamento dos “especiais”. Esses selecionados terão, em outro horário, um atendimento voltado ao desenvolvimento das habilidades específicas em ambientes próprios, com profissionais tecnicamente preparados para atuação definida, aliada ao acompanhamento psicológico e promovendo, com acuidade, sua evolução intelectual. Os países cujos governos atentaram para a importância deste trabalho, preocupados, fazem a “colheita” desses alunos e  oferecem a eles condições de “otimização”, sem prejudicar sua integração na escola, seus relacionamentos familiar e social e sua estabilidade emocional.
          Assim, essas Nações, como incubadoras, “alimentam” e “protegem” seus superdotados, respeitando suas individualidades, visando atingir com sucesso, dimensões tecnológicas, artísticas e científicas, sempre inteligentes e sensíveis, ao alcance de seus futuros  projetos.
         Sem compreensão e estímulos adequados, estas crianças podem vir mesmo a transtornar o ambiente escolar, por comportamento agressivo e incômodo ou a se tornarem apáticos e se isolarem.
          Isolados, discriminados por mestres e colegas, tornam-se alvo da insuportável indiferença ou perseguidos por perversos deboches e, alguns, ao reagirem, se capacitam com extraordinária agudeza, a manipular este cenário estéril, transformando-se em líderes nocivos dos “rejeitados” ou “problemáticos”.
         O superdotado é um desafio. Ele exige uma conduta criativa e estimulante para desenvolver suas potencialidades de forma diversificada, harmoniosa, inteligente e acolhedora. Suas necessidades vão muito além das crianças de inteligência comum. Ele anseia vencer constantes propostas desafiadoras! Via de regra, não encontrando esta disponibilidade, entra no desvio, se marginaliza. Alguns se perdem no vício, mas não raro, surge entre eles, um exímio manipulador e brilhante administrador, “mestre na persuasão” que mais tarde organizará e dirigirá, com notável  competência,  sua “empresa do crime”, submetendo e vinculando os corruptos dos “ podres poderes” com maestria.
         Os “Nem”, os “Fernandinhos” e outros “especialistas” estão sendo aprimorados nas nossas escolas, graças “aos doutos saberes” daqueles que dos píncaros de suas vaidades e interesses e conivências respondem pela implementação de uma educação minúscula, impotente e alheia, frustrando a regência de  atônitos Professores.  Uma educação que não pensa, nem faz pensar. Uma educação voltada para objetivos díspares, que não cria e nem permite produzir. Ineficaz. Sem sentido. “Doida” pra se livrar do fardo da “clientela” e ávida pela expansão estatística, sórdida manipulação. Assim, o Brasil, “por notável e incomparável incompetência” de seus gestores(?), vai deixando “escapar pelo ralo” seus filhos mais brilhantes!

         Às infelizes crianças superdotadas, aos milhões de “Clientes” deste sistema obtuso, injusto, que privilegia a “mesmice”. A essas crianças dotadas de capacidades especiais, discriminadas, que vivem nas favelas, no asfalto, nos mangues, nas florestas e nos sertões, abandonadas graças ao descaso e condenadas a cumprir um destino que não é o seu...
                                     Eu peço perdão!

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