domingo, 17 de janeiro de 2021

UM PRESENTE INIMIGO

 

             UM PRESENTE INIMIGO 


Quem se faz alheio a dor que se expande

Como estranho ator de um texto vago

Como em perdida cena desconexa

De uma indefinida peça fora do palco...

 

Aquele que usa a dor vizinha

Tal um troféu amaldiçoado

Há de chorar pelo caminho

De um mortal signo, por si, traçado 

 

Cuida, pra que o destino vingativo

Que gera toda sorte madrasta

Não o torne protagonista

De um castigo servido em taça

Em que o veneno tomado a esmo

O faça modelo de total desgraça!

 Zelia da Costa/17/01/2021/11:18

 




Nenhum comentário:

Postar um comentário