UM PRESENTE INIMIGO
Quem se faz alheio a dor que se expande
Como estranho ator de um texto vago
Como em perdida cena desconexa
De uma indefinida peça fora do palco...
Aquele que usa a dor vizinha
Tal um troféu amaldiçoado
Há de chorar pelo caminho
De um mortal signo, por si, traçado
Cuida, pra que o destino vingativo
Que gera toda sorte madrasta
Não o torne protagonista
De um castigo servido em taça
Em que o veneno tomado a esmo
O faça modelo de total desgraça!
Zelia da Costa/17/01/2021/11:18
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