AGORA OU NUNCA
Como se deu tal
desatino?
Como permitimos que a
traição zombasse de nós com tamanha impetuosidade e desfaçatez, num rito de
sordidez e potência. Como consentimos que nossos olhos fossem vendados e nos
mantivessem alheios à realidade esfacelada que se escancarava diante de nós e
que, por comodidade ou por vingança, deixamos que extrapolasse os limites do
bom senso?
O que queríamos provar?
Queríamos deixar claro
que estávamos certos?
Cada um de nós é
responsável por toda desgraça que ocorrerá.
Pagamos para ver o
fracasso.
Se a vaidade dos
incompetentes não tem limites... A nossa vaidade nos fará pagar o preço trágico
da omissão.
Ah! Eles são
maquiavélicos!
Esta é sua única
reconhecida, louvada e exacerbada qualidade.
E agora? Como reverter
o estrago que se propagará por tempos sem limites de espaço e prejuízo!
Não são eles os
desmoralizados, os incompetentes, os desonestos.
Somos nós!
Nós, talvez por
comodidade ou vingança, por sentimentos inferiores resolvemos “pagar pra ver”.
A gente sabia do futuro
e do preço incomensurável.
O prejuízo não será só
financeiro. Se não conseguirmos reverter o processo de degradação moral, não
será mais possível respirar sem culpa.
Cartas na mesa.
Façam o jogo!
Zélia
da Costa/27/08/2015zeliadacostamt@gmail.com
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