terça-feira, 2 de janeiro de 2018

                                          FELIZ ANO NOVO !

               Não cultivo o hábito de me desavir com o passado nas desagradáveis lembranças. Não sou masoquista, mas seria injusto com o suceder dos fatos e ações tratar as experiências negativas e as decisões frustradas com o descaso de uma memória ingrata a ser definitivamente apagada. Tenho pelos meus erros um carinho especial e eles sabem disso, porque não vivem na vala comum da ingratidão. Não fossem eles, dificilmente, atingiria o sucesso de atos e atitudes que me encheram de alegria e paz. Portanto, saúdo a chegada do ano de 2018 com a coragem dos que reconhecem que com base nas experiências anteriores de erros e acertos, posso fazer dele algo muito promissor. Por favor, não creiam que a idade me fez cautelosa. Não! Não! E não! Aliás, a idade às vezes, nos torna covardes ou excessivamente críticos e dilui em atitudes pseudo sábias, oportunidades que nunca mais retornarão. A idade  não cria sábios. Quem nos possibilita a vitória são a capacidade do registro e da análise histórica dos fatos. Vocês podem não concordar e tem esse direito. Não escrevo para convencer ninguém a não ser, eu mesma. Tudo porque o ano começou e ao invés de "chutar o balde "no reino das quimeras, prefiro ir passo a passo no novo terreno futuro. Se tenho projetos? Claro! No entanto, aprendi a conter a ansiedade, desta forma afasto as frustrações e com base nas experiências anteriores, sigo em frente com mais segurança, até porque, dificilmente um projeto evoluirá solitariamente. Vidas e as mortes são, cada uma, oportunidades que não devemos relegar ao ostracismo. Não! Não sou mórbida! Ao contrário! Quer ver? Ou melhor, quer sentir? Gosto de viver integrada à Natureza e sempre uso letra maiúscula quando me refiro a Ela, por respeito e admiração. Pois bem, enquanto você me lê, tem ideia de que existe uma rosa ou uma orquídea, talvez uma ingênua margarida florescidas há alguns dias e que você perdeu a oportunidade de vê-las, admirá-las?... Pensa quantos pássaros se foram, antes que pudessem nos encantar com suas plumagens e cantos... Tudo, por mais simples ou requintado, por mais útil ou nocivo só existe na eternidade do momento e há que se ter a noção do tempo para o viver inesquecível da memória. Quem viu a orquídea tem a memória da eternidade da flor. E portanto, sei que a eternidade é a emoção do momento, perene como o encanto. Aprendi a reter a magia das coisas nas paisagens e sentimentos. Certa vez, assustei um amigo fazendeiro ao apontar, no domínio de suas terras, uma árvore  que me pertencia.
  - Olha minha árvore! Que linda!
Era uma paineira em meio a floresta! Percebendo o mal estar expliquei:
- Tenho muitas árvores, praias, rios, riachos, estradas, montanhas, caminhos... São meus como sou deles... Porque neles, de quando em vez, minha alma vagueia.
Ele riu sacudindo a cabeça, agora tranquilo.
Nesta bagagem de experiências estão as lembranças de amigos queridos e inesquecíveis, presentes e eternizados nos amores vividos e, entre eles, os ditos irracionais.
 Agora, depois de organizar as emoções posso planejar, com certas possibilidades de êxito e desejar com sinceridade que o mundo seja feliz!

              Zelia da Costa/02/01/2018/ Nova Lima/ Minas Gerais/12:30



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